“Vetores epistemológicos”: Ratos, fronteiras e o Antropoceno

O presente artigo apresenta resultados preliminares de um estudo que lanca mao das duas especies de ratos urbanos cosmopolitas – rato de telhado (Rattus rattus – Lineu, 1758) e ratazana (Rattus norvegicus - Berkenhout, 1769) – para conduzir a exploracao de problemas de pesquisa ligados ao conceito d...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Cadernos do Ceom
Main Author: Carvalho, André Luis de Lima
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Unochapecó 2020
Subjects:
Online Access:http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/5233
https://doi.org/10.22562/2020.52.06
Description
Summary:O presente artigo apresenta resultados preliminares de um estudo que lanca mao das duas especies de ratos urbanos cosmopolitas – rato de telhado (Rattus rattus – Lineu, 1758) e ratazana (Rattus norvegicus - Berkenhout, 1769) – para conduzir a exploracao de problemas de pesquisa ligados ao conceito de Antropoceno. Analiso o Antropoceno em dois eixos narrativos. No primeiro, Antropoceno-como-problema, avalio a urbanizacao e suas implicacoes ambientais sob a expressao-sintese “ratos e cidades”. No segundo, Antropoceno-como-agenda, defendo a importancia da perspectiva multiespecies e sua relacao obrigatoria com a transdisciplinaridade, sob a expressao-sintese “superacao do antropocentrismo”. Sustento que a plasticidade adaptativa e identitaria dos ratos, assim como suas caracteristicas de organismos de fronteiras, credenciam esses animais como “vetores epistemologicos” capazes de conduzir leitores e pesquisadores pela teia viva e labirintos narrativos do Antropoceno.