Determinação do sexo através da análise proteómica do esmalte dentário em cães (Canis lupus familiaris) para aplicação a amostras zooarqueológicas

Trabalho apresentado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para a obtenção do título de Mestre em Medicina Veterinária A determinação do sexo de um animal pode ser realizada a partir de amostras do esqueleto, com recurso a métodos morfológicos, genómicos e proteómicos. Os métodos morfológic...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Conde, Ana Cristina Bernardo Valente
Other Authors: Requicha, JF, Peixoto, Francisco Manuel Pereira, Pires, Ana Elisabete
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2023
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10348/11966
Description
Summary:Trabalho apresentado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para a obtenção do título de Mestre em Medicina Veterinária A determinação do sexo de um animal pode ser realizada a partir de amostras do esqueleto, com recurso a métodos morfológicos, genómicos e proteómicos. Os métodos morfológicos aplicados à análise da pélvis ou do crânio são abordagens possíveis. Apesar de haver dimorfismo sexual na espécie canina (machos com maiores dimensões do que as fêmeas), as dimensões variam significativamente entre raças. Além disso, as diferenças entre indivíduos tornam-se acentuadas no período pós-púbere, pelo que, antes desse momento, a utilização deste método revela-se pouco fidedigna. Os métodos genómicos estão disponíveis e têm revelado resultados promissores. As amostras utilizadas podem ser diversas e através de técnicas moleculares de amplificação do locus-alvo, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), por exemplo, é possível amplificar pequenas quantidades de ADN de genes específicos, como o gene SRY, onde se localiza a região determinante do sexo masculino (Y). Não obstante, é um método dispendioso, moroso, sujeito a contaminação e que por vezes falha devido à qualidade do ADN remanescente. A metodologia proteómica apresenta-se útil para a determinação do sexo, sobretudo em restos arqueológicos, na medida em que a estrutura molecular das proteínas conserva-se melhor do que a do ADN (apesar de também sofrerem degradação), mas também pela possibilidade de ser aplicada a animais jovens utilizando estruturas como o esmalte, que é bastante duro e, portanto, preserva-se durante longos períodos. O presente projeto tem como objetivo desenvolver a metodologia de determinação do sexo no cão a partir do esmalte dentário. Com recurso à metodologia proteómica e a partir de amostras cujo sexo é conhecido, estudar-se-ão as isoformas AMELX e AMELY, amelogeninas no esmalte dentário que são codificadas por alelos localizados nos cromossomas sexuais. Posteriormente, recorrer-se-á à microscopia eletrónica de ...