O cinema, quando a palavra sobressai

Neste ensaio, pretende-se analisar algumas obras cinematográficas em que a palavra – texto em verso ou em prosa – ganha destaque que se equipara a, ou sobressai, o das imagens, contrariando a lógica do cinema, que é a arte da imagemem movimento. Para isso, serão elencados o curta-metragem “Guernica”...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Amâncio, Maria Angélica
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2013
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/nonplus/article/view/61939
Description
Summary:Neste ensaio, pretende-se analisar algumas obras cinematográficas em que a palavra – texto em verso ou em prosa – ganha destaque que se equipara a, ou sobressai, o das imagens, contrariando a lógica do cinema, que é a arte da imagemem movimento. Para isso, serão elencados o curta-metragem “Guernica” (1950), de Alain Resnais, em que se recita o poema “La victoire de Guernica”, de Paul Éluard; “Je me souviens”, filme, posterior à peça teatral, de Sami Frey (2007), interpretando o texto homônimo de Georges Perec; bem como o trabalho de escrita e filmagem, empreendido por Marguerite Duras, em “Les mains négatives” (1978) e “Índia Song” (1974). Como aporte teórico, além de autores especializados nas personalidades em estudo, contar-se-á com as teorias de Jacques Aumont e Arlindo Machado, dentre outros.