Dieta e metabolismo de Notothenia Coriiceps (Richardson, 1844) e Notothenia Rossii (Richardson, 1844) na Baía do Almirantado - Ilha Rei George - Península Antártica

Resumo: Conhecer aspectos da biologia e ecologia de peixes antárticos pode auxiliar no entendimento das interações ecológicas entre estes organismos. Além disso, fornece informações que subsidiam a compreensão dos mecanismos que possibilitam a coexistência e a exploração dos recursos de um mesmo sis...

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Bibliographic Details
Main Author: Raga, Gabriela
Other Authors: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Ecologia e Conservaçao, Donatti, Lucelia, Pichler, Helen Audrey
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1884/27863
Description
Summary:Resumo: Conhecer aspectos da biologia e ecologia de peixes antárticos pode auxiliar no entendimento das interações ecológicas entre estes organismos. Além disso, fornece informações que subsidiam a compreensão dos mecanismos que possibilitam a coexistência e a exploração dos recursos de um mesmo sistema por várias espécies. Este trabalho teve o objetivo de avaliar as variações espaciais e temporais na ocorrência, no metabolismo e na dieta dos peixes antárticos Notothenia rossii e Notothenia coriiceps coletados na baía do Almirantado, Ilha Rei George, Arquipélago das Shetland do Sul, Península Antártica. As coletas foram feitas com anzol e linha a uma profundidade de 10 a 25 metros em dois pontos: Glaciar Ecology e Punta Plaza, ambos os pontos localizados na baía do Almirantado, sendo que Glaciar Ecology recebe maior aporte de matéria orgânica por estar localizado próximo a uma pinguineira. Foram coletados 145 indivíduos de N. rossii (todos juvenis) e 132 de N. coriiceps (juvenis e adultos). Análises sanguíneas indicaram reduções nas concentrações de triglicérides e glicose durante as estações referentes a outono/inverno para N. rossii, o que pode indicar uma diminuição na disponibilidade de alimentos e a maior necessidade energética para controle do metabolismo. As análises teciduais indicaram, na maioria das vezes, para ambas as espécies, maiores concentrações de glicogênio e lipídios, tanto em fígado quanto em músculo, durante os períodos de primavera/verão. A dieta das espécies estudadas constituiu-se predominantemente por anfípodas e algas, não havendo grande variação entre as diferentes estações.