Distribuição e ecologia alimentar da Lontra (Lutra lutra) em dois sistemas costeiros em Portugal

Dissertação de mestrado em Ciências do Ambiente, especialização em Qualidade Ambiental O presente trabalho permitiu o estudo da distribuição da lontra nos dois sistemas costeiros de Portugal. Deste modo percebeu-se que, para o Sítio Natura 2000–Dunas de Mira, há três zonas de alta ocorrência de lont...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cerqueira, L.
Other Authors: Gomes, Pedro
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2005
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/2828
Description
Summary:Dissertação de mestrado em Ciências do Ambiente, especialização em Qualidade Ambiental O presente trabalho permitiu o estudo da distribuição da lontra nos dois sistemas costeiros de Portugal. Deste modo percebeu-se que, para o Sítio Natura 2000–Dunas de Mira, há três zonas de alta ocorrência de lontra separadas entre si por zonas com ausência de lontra devido essencialmente à pressão urbana. As variáveis vegetação ripícola, alimento e campos agrícolas estão associadas positivamente com a ocorrência de lontra. No PNRF são as variáveis estradas e pinhal que apresentam associações negativas com a ocorrência de lontra, separando as áreas onde se verifica ocorrência de lontra. A variável matos está associada positivamente à ocorrência de lontra. Foi também realizada uma avaliação da dieta da lontra em função das épocas, para o Sítio Natura 2000 – Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas e para o Parque Natural da Ria Formosa (PNRF). Avaliou-se também, a dieta em função das zonas de amostragem, nas duas áreas de estudo, na época de Verão. Verificou-se, de um modo geral, a sazonalidade da dieta para as duas áreas de estudo e também alterações da dieta consoante as zonas de amostragem. Para o Sítio Natura 2000 – Dunas de Mira, pôde-se inferir que o Procambarus clarkii, seguido de Cyprinus carpio e Lepomis gibbosus são as presas mais consumidas. Há, no entanto, pequenas oscilações na dieta ao longo do ano. No Verão, é o Procambarus clarkii que apresenta a maior frequência de ocorrência. No Inverno e na Primavera há um aumento do consumo de Cyprinus carpio. O consumo de Anguilla anguilla é aumentado para o dobro na Primavera e no Verão. Verificou-se um grande número de diferenças significativas quando se comparou o Outono com as outras épocas, devido essencialmente à escassez de água. Há um baixo consumo das presas secundárias quando comparadas com o consumo de peixes e lagostim. No Verão, a categoria de presa mais consumida é o Procambarus clarkii. Além disso, nesta estação foram detectadas diferenças na dieta consoante a ...