A enguia-europeia no Rio Mondego: estrutura populacional, taxa de prateação e fuga de reprodutores

Tese de mestrado em Ecologia Marinha, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2015 Face ao acentuado declínio do manancial de enguia-europeia, Anguilla anguilla, que se tem verificado durante as últimas décadas, e em todo o seu limite de distribuição, tornou-se óbvia...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Monteiro, Rui Miguel Candeias
Other Authors: Quintela, Bernardo Silva Ruivo,1976-, Domingos, Isabel Maria Madaleno,1960-
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10451/22623
Description
Summary:Tese de mestrado em Ecologia Marinha, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2015 Face ao acentuado declínio do manancial de enguia-europeia, Anguilla anguilla, que se tem verificado durante as últimas décadas, e em todo o seu limite de distribuição, tornou-se óbvia a urgência em tomar medidas para reverter esta situação. Neste sentido, aconselhada pelo ICES (International Council for the Exploitation of the Sea), a Comissão Europeia aprovou, no dia 18 de setembro de 2007, o Regulamento (CE) nº 1100/2007 que obrigou à criação de Planos de Gestão de Enguia (PGE) por parte de todos os Estados Membros cujas bacias hidrográficas constituam habitat para a espécie, no sentido de permitir a fuga para o mar de pelo menos 40% dos reprodutores relativamente à melhor estimativa disponível para uma condição pristina. A fragmentação dos cursos de água é apontada como uma das principais causas para o declínio da espécie uma vez que coloca problemas tanto na sua fase de crescimento como na época da migração reprodutora. Assim, o presente trabalho apresenta como principais objetivos: 1) caracterizar a população de enguia-europeia da Bacia Hidrográfica do Rio Mondego tendo em conta a estrutura dimensional, sexual e etária; 2) determinar a taxa de prateação e 3) determinar a taxa de fuga de reprodutores. A Bacia Hidrográfica do Rio Mondego foi escolhida como local de estudo não só por se apresentar como um local de grande importância para a espécie mas por ser um rio muito intervencionado onde, desde 2011, entrou em funcionamento, no Açude-Ponte em Coimbra, um novo dispositivo de transposição piscícola que permite a livre circulação das espécies de peixes diádromas, podendo também ser utilizado pela enguia. A estrutura dimensional da espécie foi obtida através da realização de pesca elétrica feita ao longo de 5 anos de amostragem (2011-2015) num troço de rio entre Penacova, a montante, onde se incluem os afluentes Ceira e Alva, e o Açude da Formoselha, a jusante. Perante os resultados obtidos ...