O imaginário territorial na Antártica

Ao se abordar a questão do território, enquanto uma categoria de análise, se imerge em um universo de teorias no qual, ao mesmo tempo em que se elaboram novos conceitos/categorias, se desmistificam antigos referenciais teóricos. Em outras palavras, se outrora as teorias territoriais pareciam comunga...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: GANDRA, Rogério Madruga
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Boletim Gaúcho de Geografia 2013
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/index.php/bgg/article/view/37485
Description
Summary:Ao se abordar a questão do território, enquanto uma categoria de análise, se imerge em um universo de teorias no qual, ao mesmo tempo em que se elaboram novos conceitos/categorias, se desmistificam antigos referenciais teóricos. Em outras palavras, se outrora as teorias territoriais pareciam comungar com o tradicional conceito de que o território pressupõe a mobilização de um determinado grupo para defender o seu espaço, agora as conjecturas territoriais assumem novas variáveis, chegando-se a colocar em xeque a própria existência ou reprodução do território (BADIE, 1995). É dentro desse contexto de (re)estruturação conceitual, sobre o que vem a ser território, que o presente artigo irá focalizar indícios e/ou evidências de uma produção ou reprodução territorial no chamado continente antártico. É provável que se encontre na geopolítica antártica mundial, instrumentalizada e legitimada pelo Tradado da Antártica, a chave para “elucidar" essa questão. Entretanto, caberá ao leitor, à medida que for se aprofundando no artigo supracitado, tecer suas próprias considerações; ou seja, a concepção territorial é compatível com a dinâmica político-espacial do continente antártico? Considerando-se que a própria categoria territorial, por si só, já pressupõe uma categoria espacial, é provável que sim. Ou será que não.?