Ocorrência e biologia de baleia fin (Balaenoptera physalus) no Atlântico Sul Ocidental

A Baleia-Fin (Balaenoptera physalus) é um misticeto classificado como Vulnerável pela IUCN e Em Perigo pelo ICMBIO. Embora sua população mundial esteja crescendo, a espécie ainda sofre com colisões de embarcações e emaranhamento em redes de pesca comercial. Logo, é necessário conhecer os locais de o...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Glienke, Débora
Other Authors: Hoffmann, Lilian Sander
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/239275
Description
Summary:A Baleia-Fin (Balaenoptera physalus) é um misticeto classificado como Vulnerável pela IUCN e Em Perigo pelo ICMBIO. Embora sua população mundial esteja crescendo, a espécie ainda sofre com colisões de embarcações e emaranhamento em redes de pesca comercial. Logo, é necessário conhecer os locais de ocorrência da espécie, para assim minimizar os riscos de colisão e preservá-la. A Baleia-Fin também realiza migrações entre áreas polares e temperadas para reprodução, o que dificulta o acompanhamento desses animais. Esse trabalho representa uma continuação dos esforços para estudar a espécie utilizando a revisão de avistagens e encalhes publicados e disponibilizados na internet abrangendo todo o Atlântico Sul Ocidental. Tendo isso em mente, os objetivos do trabalho são descobrir onde e quando essa espécie é avistada na costa da América do Sul, qual é o tamanho dos grupos e se há presença de filhotes nesses grupos avistados. Já as hipóteses são de que elas só serão avistadas no litoral brasileiro durante o final de outono, inverno e começo da primavera (pois é a época de migração para reprodução em áreas temperadas) e de que elas não serão vistas em coordenadas acima de 20º Sul. O trabalho contou com a agregação de 17 encalhes e 4895 avistagens, de 26 referências diferentes, desde 1905 a 2021. O Brasil contou com a presença dessa espécie em sua costa principalmente durante os meses de maio a novembro (abrangendo o outono, inverno e metade da primavera). Já a Península Antártica contou com a presença dessa espécie principalmente nos meses de dezembro a abril (abrangendo o verão e metade do outono). Houve também uma grande concentração de indivíduos no Golfo São Jorge e nas ilhas presentes entre 50ºS e 60ºS, sendo essas concentrações maiores que as dos grupos presentes em áreas temperadas. Já o tamanho dos grupos variou de um a 240 indivíduos, com uma média de 6,3 e uma mediana de dois indivíduos por grupo. Além disso, houve a presença de 11 grupos com filhotes e três encalhes de filhotes, os quais os menores estiveram ...