Variabilidade na camada ativa do solo na Meseta Norte e na superfície da Península Fildes, Ilha Rei George, Antártica Marítima

A região da Antártica Marítima exibe as taxas mais elevadas de mudanças climáticas no planeta, estando a região das Shetland do Sul entre as mais afetadas. Solos com permafrost cobrem 24% das superfícies expostas da Terra e de forma geral possuem alto potencial de emissão de gases que contribuem par...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andrade, André Medeiros de
Other Authors: Bremer, Ulisses Franz, Schaefer, Carlos Ernesto Goncalves Reynaud
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/180660
Description
Summary:A região da Antártica Marítima exibe as taxas mais elevadas de mudanças climáticas no planeta, estando a região das Shetland do Sul entre as mais afetadas. Solos com permafrost cobrem 24% das superfícies expostas da Terra e de forma geral possuem alto potencial de emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. O objetivo deste estudo foi caracterizar a variabilidade térmica da camada ativa do permafrost em um transecto de 200 m na Península Fildes e relacionar esta variabilidade com fatores meteorológicos e ambientais entre 2014 e 2016. Também foram obtidas cinco cenas do satélite TerraSAR-X coletadas nos períodos de ablação durante o monitoramento para classificar as zonas superficiais da geleira Collins e das áreas livres de gelo. Ocorreram três expedições científicas à área de estudo para coleta de dados, instalação e manutenção do sítio de monitoramento contínuo. A variabilidade térmica da camada ativa no transecto não apresentou elevada disparidade ao constatado em outros sítios de monitoramento da camada ativa na Ilha Rei George. Os ciclos de variação da camada ativa estão atrelados às condições sazonais, com o descongelamento ocorrendo predominantemente nos períodos mais quentes, enquanto no restante do ano prevalece a condição de congelamento A temperatura da camada ativa no transecto não é homogênea, ocorrendo variação conforme a profundidade e a posição no transecto, com as variações mais expressivas no solo melhor drenado e com menor teor de umidade. Dentre os fatores avaliados, a temperatura do ar e da superfície do solo são os que mais influenciam no gradiente térmico da camada ativa, enquanto nas porções mais próximas da superfície também ocorre maior influência do albedo e da nebulosidade e em maior profundidade também há influência do saldo de radiação e da umidade do solo. A profundidade média da camada ativa em 2014 foi 44,3 cm e em 2015 foi 47,7 cm, com as maiores variações de expansão e retração também ocorrendo nos solos com menor teor de umidade. Os valores obtidos do índice frost ...