Pesquisa de parasitoses gastrointestinais em aves marinhas e migratórias do litoral do Rio Grande do Sul

O protozoário Cryptosporidium é um parasita entérico, transmitido principalmente via fecal-oral, por água e alimentos contaminados. Apesar da criptosporidiose ocorrer mundialmente, muitos aspectos de sua epidemiologia permanecem incompreendidos. Seres humanos, animais domésticos e fauna selvagem pot...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Wartchow, Bárbara Schiller
Other Authors: Soares, João Fábio, Mattos, Mary Jane Tweedie de
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/178264
Description
Summary:O protozoário Cryptosporidium é um parasita entérico, transmitido principalmente via fecal-oral, por água e alimentos contaminados. Apesar da criptosporidiose ocorrer mundialmente, muitos aspectos de sua epidemiologia permanecem incompreendidos. Seres humanos, animais domésticos e fauna selvagem potencialmente contribuem para a disseminação do parasito pelas águas. É uma das principais protozooses em aves, se manifestando tanto no trato digestivo como no respiratório, afetando um grande número de espécies. Entre as espécies e genótipos de Cryptosporidium identificados em aves, alguns são potencialmente zoonóticos. A epidemiologia de espécies zoonóticas do parasito em animais selvagens vem cada vez mais ganhando relevância. As aves migratórias, por sua ampla distribuição e capacidade de deslocamento, além da característica de formar grandes colônias, se tornam importantes disseminadoras de patógenos. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de oocistos de Cryptosporidium spp. nas amostras fecais e de outros parasitos gastrointestinais em 35 aves marinhas e migratórias no litoral do Rio Grande do Sul, pertencentes a seis espécies: pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), pardela-preta (Procellaria aequinoctialis), petrel-gigante (Macronectes giganteus), bobo-pequeno (Puffinus puffinus), mandrião-antártico (Catharacta antarctica) e tesourão (Fregata magnificens). Os tratos gastrointestinais foram analisados macroscopicamente e as fezes foram coletadas diretamente do intestino das aves. As amostras foram processadas, usando a coloração de Ziehl-Neelsen para pesquisa de oocistos de Cryptosporidium spp. Este trabalho não detectou a presença de infecção por este protozoário. Entretanto, a presença dos parasitos não pode ser descartada devido ao pequeno número de amostras e a alta probabilidade de falso-negativos da metodologia de diagnóstico. À avaliação do trato gastrointestinal foi possível constatar que 100% dos pinguins-de-Magalhães estavam infectados por pelo menos uma espécie de helminto. Também ...