Metaproteômica comparativa de solos de campos rupestres ferruginosos e de áreas mineradas em recuperação.

Ministério da Educação e Universidade Federal Rural da Amazônia. Apesar dos benefícios econômicos e sociais a mineração tem forte impacto em ecossistemas terrestres, promovendo a degradação do solo onde esta atividade é implantada. As regiões da Serra dos Carajás - PA e de Nova Lima - MG possuem par...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: TRINDADE, Felipe Costa
Other Authors: VALADARES, Rafael Borges da Silva
Format: Doctoral or Postdoctoral Thesis
Language:Portuguese
Published: UFRA/Campus Belém 2019
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/936
Description
Summary:Ministério da Educação e Universidade Federal Rural da Amazônia. Apesar dos benefícios econômicos e sociais a mineração tem forte impacto em ecossistemas terrestres, promovendo a degradação do solo onde esta atividade é implantada. As regiões da Serra dos Carajás - PA e de Nova Lima - MG possuem particularidades como espécies microbianas e vegetais adaptadas as condições adversas, onde solos lateríticos ferruginosos (canga) e solos associados a arenitos ocorrem. A reabilitação de áreas mineradas é condição obrigatória para que esta atividade continue a ocorrer de maneira sustentável. A metaproteômica de solos é uma técnica que identifica proteínas acumuladas por organismos no ambiente. Assim, a caracterização do perfil de proteínas foi realizada para mapear, quantificar e comparar as funções bioquímicas mais abundantes em solos nativos e em áreas em diferentes estágios de recuperação. A partir de solos coletados nestas condições, as proteínas foram extraídas, tratadas e analisadas em cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa de alta resolução. Primeiramente, foram identificadas 356 proteínas em uma amostra de solo de floresta e 147 proteínas em um solo de canga. Nestes solos, mais categorias funcionais estavam associadas ao solo de canga, 66 contra 42 no de floresta. Observou-se também maior diversidade de táxons na floresta e na canga espécies capazes de tolerar a sua condição ambiental rigorosa. Assim, a metaproteômica evidenciou respostas moleculares de microrganismos e vegetais a um ambiente mais severo e a outro mais rico em nutrientes e matéria orgânica. Em um segundo experimento, a metaproteômica foi aplicada em uma cronossequência de áreas em recuperação (solo exposto, 4, 12, 14 anos de recuperação e áreas nativas). Os resultados apontaram para maior quantidade de proteínas identificadas nos solos com 4 anos de recuperação (336), 12 anos (329), 14 anos (219) e Solos Nativos (291) se comparados ao Solo Exposto (40). Embora o solo com dois anos de recuperação tenha maior quantidade de ...