Fatores edafoclimáticos e fluxos de metano e óxido nitroso em solos de área de degelo da Antártica

Dependendo das características de solo e de clima, o solo pode funcionar como uma fonte ou um dreno dos três principais gases de efeito estufa: gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Até o momento, porém, pouco se sabe sobre a dinâmica destes gases em solos de regiões polares. Dian...

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Bibliographic Details
Main Authors: Flávio Silvério Dos Santos, Gilson, Alves Ibarr, Mariana, Denise Hubert Neufeld, ângela, Guedes De Godoi, Stefânia, Andrade Weber, Mirla, Costa Beber Vieira, Frederico
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:unknown
Published: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão 2013
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/59584
Description
Summary:Dependendo das características de solo e de clima, o solo pode funcionar como uma fonte ou um dreno dos três principais gases de efeito estufa: gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Até o momento, porém, pouco se sabe sobre a dinâmica destes gases em solos de regiões polares. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar os fluxos dos gases metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) de área de degelo da Antártica, bem como sua relação com variáveis de solo e clima local. O estudo foi realizado na Ilha Nelson, Antártica, em fevereiro de 2012, em áreas sob diferentes coberturas vegetais e influência de pássaros: 1) Solo descoberto; 2) Sanionia mal drenado (musgo); 3) solo com predomínio de liquens; 4) Prasiola crispa (alga); e 5)Deschampsia antarctica (gramínea), sendo que as áreas 4 e 5 apresentavam forte influência da nidificação de petréis-gigantes. As coletas dos gases foram realizadas pelo método de câmaras estáticas e foram analisados por cromatografia gasosa. Durante o período de coleta, foram monitorados os teores de N mineral (NH4+ e NO3-), espaço poroso saturado por água (EPSA) e temperatura do solo. Em adição, os estoques de Carbono Orgânico Total (COT), Carbono Orgânico Particulado (COP) e Nitrogênio Total (NT) foram determinados até 40 cm de profundidade no solo. Na área com Prasiola crispa as taxas de emissão de N2O foram geralmente baixas (media de 4,78 µg N2O m-2 h-1). Porém, no segundo evento de coleta, observou-se um pico de N2O (53,82 µg N2O m-2h-1), que coincidiu com uma maior umidade do solo em virtude de precipitação ocorrida, juntamente com um elevado teor de amônio, que pode ser justificado pela atividade de aves marinhas próximo ao local. As excreções destas aves contêm alto teor de N orgânico e ureia, que após mineralizados no solo, se transformam em amônio (amonificação) e nitrato (nitrificação), havendo, durante o processo de nitrificação, a liberação de N2O para a atmosfera. Houve grande predomínio de absorção de CH4 pelo solo nos locais avaliados, com taxas de ...