FUNGOS MICORRÍZICOS DE PINUS E SUA DISTRIBUIÇÃO EM UM GRADIENTE LONGITUDINAL NO RS

A associação simbiótica que ocorre entre fungos e plantas do gênero Pinus é denominada micorriza. Além da proteção contra o stress hídrico e salino, o fungo é responsável por fornecer à planta água e nutrientes presentes no solo. O vegetal, por sua vez, provê açúcares ao fungo. Essa associação é de...

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Bibliographic Details
Main Authors: Klotz, Ana, de Avila Heberle, Marines, Augusto Bertazzo da Silva, Fernando, Pedroso Maggio, Lilian, de Souza Falcão, Marina, Putzke, Jair
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:unknown
Published: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão 2020
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/104000
Description
Summary:A associação simbiótica que ocorre entre fungos e plantas do gênero Pinus é denominada micorriza. Além da proteção contra o stress hídrico e salino, o fungo é responsável por fornecer à planta água e nutrientes presentes no solo. O vegetal, por sua vez, provê açúcares ao fungo. Essa associação é de caráter obrigatório para o Pinus, árvore que vem sendo plantada no Brasil há mais de um século, sido trazida por imigrantes com a finalidade de ornamentação e produção de madeira. As áreas reflorestadas pelo gênero no Brasil correspondem a mais de 1,6 mi de ha, estando entre uma das principais culturas para a silvicultura nos trópicos, porém também configura um dos principais e mais problemáticos invasores exóticos do planeta. Há registros de sua invasão em quase todos os continentes. No Brasil, o gênero tem se alastrado e invadido até mesmo unidades de conservação. Uma vez sabendo da obrigatoriedade da relação simbiótica entre micorrizas e Pinus, conhecer quais fungos estão associados a este gênero é essencial, dado que o sucesso do mesmo como invasor pode estar relacionado a esta associação. Dessa forma, o trabalho tem como objetivo realizar um levantamento das micorrizas associados ao Pinus ao longo de um transecto que corta o estado do RSl longitudinalmente. A área de estudo escolhida é a BR290, visto que se apresentam ao longo desta, diversas populações de Pinus não plantadas. As coletas foram feitas a cada 20 km, totalizando nove pontos de coleta até o momento. O método de coleta utilizado é o de caminhamento, onde pelo período de 30 minutos, todos os cogumelos encontrados são coletados. As amostras são transportadas até o Núcleo de Estudos da Vegetação Antártica, onde o material é desidratado em estufa. Para análise das estruturas microscópicas, os espécimes foram reidratados com KOH 5% e cortes a mão livre foram feitos para a confecção de lâminas. Os resultados preliminares mostram que os fungos encontrados em associação com o Pinus pertencem aos gêneros Russula, Lactarius, Suillus, Laccaria, Ramaria e ...