REGISTRO DA MICROALGA DESMODESMUS (AN, FRIEDL & HEGEW, 1999) EM PLUMAGEM DE MANDRIÕES-DO-SUL

O transporte e a introdução de espécies exóticas pode ameaçar à biodiversidade global, sendo que podemos considerar tais mecanismos responsáveis por causar perturbações em espécies endêmicas. O transporte de tais organismos ocorre por meio de vetores como ar e água, e ainda por zoocoria. Os mandriõe...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: da Silva, Eduardo, Schneider Costa, Erli, Anunciação, Raylane, Lima, Karina, De Carvalho Victoria, Filipe, Ferreira da Silva, Juliana
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão 2020
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/100181
Description
Summary:O transporte e a introdução de espécies exóticas pode ameaçar à biodiversidade global, sendo que podemos considerar tais mecanismos responsáveis por causar perturbações em espécies endêmicas. O transporte de tais organismos ocorre por meio de vetores como ar e água, e ainda por zoocoria. Os mandriões antárticos reproduzem-se na costa Antártica e podem ser caracterizados como sendo as aves voadoras mais comuns no contiente. Estudos tem indicado que tais aves, podem ser responsáveis pela introdução de espécies não nativos. Desta forma, o presente trabalho buscou identificar a presença de organismos aderidos á penas da ave marinha C. maccormicki, utilizando o método de varredura de lâminas semi-permanentes. Todas as amostras foram coletadas durante expedições do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) nas Ilhas Shetland do Sul: Henequin Point e Peninsula Keller (Ilha Rei George), nos anos de 2011 à 2015. Foram analisadas 9 penas coletadas de 3 indivíduos de C. maccormicki. O material biológico necessário para as análises propostas foi obtido por meio da lavagem das penas, utilizando tubos esterilizados. Foram então montadas cinco lâminas histológicas, por meio da pipetagem das amostras (total de 45 lâminas), que foram seladas com esmalte translúcido a fim de evitar a evaporação do material. Estas foram analisadas em microscópio óptico. Das 45 lâminas analisadas, foi possível identificar a presença de exemplares identificáveis da microalga Desmodesmus sp, em quatro delas, apresentando as células deformadas e com seus cloroplastos totalmente deteriorados e distribuídos pela área da lamínula. O gênero Desmodesmus pode ser caracterizado por ser cosmopolita, ou seja, pode ter ocorrência em todos os ambientes, porém por ter se apresentado de forma tão alterada, somente com análises em microscopia óptica não foi possível identificar a nível de espécie, não sendo viável afirmar se os indivíduos observados nas amostras são da própria região ou se foram transportados de outra região, distante do continente antártico; uma ...