Mamíferos não-voadores no Parque Municipal de Pouso Alegre, MG

O objetivo deste trabalho foi inventariar as espécies de mamíferos não-voadores que ocorrem no Parque Municipal de Pouso Alegre, MG. O Parque Municipal de Pouso Alegre é um importante remanescente de Mata Atlântica na região do sul de Minas Gerais. Os registros foram realizados entre outubro de 2004...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Costa, Maurício Djalles, Fernandes, Fernando Afonso Bonillo, Viana, Douglas Henrique da Silva
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Editora UFJF 2012
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufjf.br/index.php/zoociencias/article/view/24477
Description
Summary:O objetivo deste trabalho foi inventariar as espécies de mamíferos não-voadores que ocorrem no Parque Municipal de Pouso Alegre, MG. O Parque Municipal de Pouso Alegre é um importante remanescente de Mata Atlântica na região do sul de Minas Gerais. Os registros foram realizados entre outubro de 2004 e setembro de 2005 e entre setembro de 2008 e agosto de 2009. O inventário foi realizado através de métodos não invasivos (sem captura), mediante registros diretos (busca por contatos visuais dos espécimes) e a partir de registros indiretos (rastreamento de vestígios como pegadas, fezes e tocas e através de entrevistas). Foram registradas 24 espécies de 13 famílias de 7 ordens de mamíferos não-voadores, das quais, duas espécies domésticas (Canis lupus familiaris e Felis catus). Quatro espécies que ocorrem na área de estudo são endêmicas do bioma Mata Atlântica (Alouatta clamitans, Callithrix aurita, Didelphis aurita e Cebus nigritus) e seis espécies (A. clamitans, C. aurita, Chrysocyon brachyurus, Leopardus pardalis, Leopardus tigrinus e Puma concolor) encontram-se enquadradas em alguma categoria de ameaça de extinção segundo as listas oficiais do IBAMA e do COPAM (Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais). Os resultados obtidos neste trabalho demonstram que a área de estudo representa um importante reduto para diversas espécies de mamíferos não-voadores, incluindo espécies endêmicas da Mata Atlântica e ameaçadas de extinção, o que justifica a adoção de medidas de conservação para proteger a área contra os impactos decorrentes de atividades humanas e contra a invasão de animais domésticos.