A influência do transporte integrado de água doce na estabilidade da célula de revolvimento meridional do atlântico

A força da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico Norte (CRMA) e o fluxo líquido do transporte meridional de água doce integrado verticalmente (Fov) nas latitudes 34ºS, 10ºN e 60ºN, simulados por 4 modelos pertencentes à base de dados da quinta fase do Projeto de Intercomparação de Modelos A...

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Bibliographic Details
Main Author: Matos, Fernanda DI Alzira Oliveira
Other Authors: Pereira, Janini, Mecking, Jennifer, Drijfhout, Sybren, Lentini, Carlos Alessandre Domingos, Tanajura, Clemente Augusto Souza
Format: Other/Unknown Material
Language:Portuguese
Published: Instituto de Geociências 2018
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28106
Description
Summary:A força da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico Norte (CRMA) e o fluxo líquido do transporte meridional de água doce integrado verticalmente (Fov) nas latitudes 34ºS, 10ºN e 60ºN, simulados por 4 modelos pertencentes à base de dados da quinta fase do Projeto de Intercomparação de Modelos Acoplados (CMIP5) para o cenário histórico (1850-2005) e cenários climáticos futuros são examinados. Embora a magnitude dos resultados varie consideravelmente entre os modelos, as simulações de cenários futuros indicam um decréscimo nos valores Fov, ou seja, um Fov mais negativo ao longo do tempo, seguido de enfraquecimento da CRMA até o final do século XXI, apontando a redução do transporte de água doce como sendo fator desestabilizante da Circulação Termohalina do Atlântico. Dentro do cenário RCP4.5 (analisado para dois modelos com duração até 2100 e dois com duração até 2300), o enfraquecimento até o ano de 2100 é de 24%-56% da média histórica individual de cada modelo, enquanto que dentro do cenário RCP8.5 o enfraquecimento no mesmo período é de 34%-70% da média histórica. Os mapas de função de corrente também revelaram o enraseamento da Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) como resultado da redução da densidade Água Antártica de Fundo (AAF) no Atlântico, que soergue a APAN. As séries temporais com duração até 2300 para o cenário RCP4.5 exibem uma estabilização da CRMA após o final do século, além de redução na taxa de enfraquecimento, resultando em uma recuperação estável, porém sem chegar aos níveis de transporte apresentados nas médias históricas. A redução notória em Fov corrobora o uso da latitude de 34ºS como um bom índice de análise da variabilidade da CRMA, uma vez que esta tendência se confirma para as outras latitudes. Além disso, a série temporal da latitude de 60ºN constata a existência de uma anomalia positiva de água doce na região de formação da convecção profunda, principal razão pela qual a CRMA entra em modo instável. Possíveis forçantes que contribuem na redução do transporte de água doce do ...