Fungos basidiomicetos de solos de recuo da geleira Collins (Antártica): caracterização taxonômica e aplicação ambiental

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) CNPq: 130463/2019-1 Pós-graduação em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada) - IBRC O continente antártico possui condições ambientais extremas, as quais promovem uma pressão seletiva e resulta no desenvolvimento de adaptações...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Farias, Gabriele Santana de
Other Authors: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (Unesp) 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/235143
Description
Summary:Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) CNPq: 130463/2019-1 Pós-graduação em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada) - IBRC O continente antártico possui condições ambientais extremas, as quais promovem uma pressão seletiva e resulta no desenvolvimento de adaptações para que os microorganismos possam sobreviver. Devido a mudanças climáticas, as geleiras da Antártica estão sofrendo um processo de retração, propiciando um novo hábitat para microorganismos no solo recém-exposto. Fungos basidiomicetos provenientes de solos de recuo da geleira Collins, coletados na OPERANTAR XXXIII (2015), foram utilizados no presente estudo, com o objetivo de avançar na identificação taxonômica e verificar a capacidade de descoloração, destoxificação e adsorção do corante azo Vermelho Congo, bem como a capacidade de se desenvolver na presença do óleo diesel. Os isolados foram identificados como Pholiota cf. baeosperma (320 e 344), Schizophyllum sp. (58) e Aleurodiscus sp. (177). Os melhores resultados para descoloração, nas concentrações de 50 e 100 mg/L de corante, foram apresentados pelos fungos Pholiota cf. baeosperma 320 e Schizophyllum sp. 58 após sete dias de cultivo a 25 °C. Todos os fungos apresentaram atividade enzimática para lacase, sendo a maior atividade (8,8 U/L) obtida para o fungo Pholiota cf. baeosperma 320 na concentração de 100 mg/L do corante. Na cinética de descoloração, Pholiota cf. baeosperma 320 e 344 apresentaram uma média de 70% de descoloração desde o primeiro dia do experimento, enquanto Schizophyllum 58 alcançou um máximo de descoloração (acima de 90%) no sétimo dia do experimento e Aleurodiscus sp. 177 apresentou uma diminuição de 10 % na descoloração no sétimo dia do experimento. Quanto à fitotoxicidade, os fungos Aleurodiscus sp. 177 e Pholiota cf. baeosperma 320 e 344 diminuíram em 100 % a toxicidade na concentração de 50 mg/L e, ao aumentar a concentração para 100 mg/L, a toxicidade após o tratamento foi maior, o que indica que compostos tóxicos podem ter sido ...