Fungos de solos de recuo de geleiras antárticas: avaliação da diversidade e ecologia

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Processo FAPESP 2015/25170-1 CAPES: 001 Pós-graduação em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada) - IBRC A retração frontal de geleiras é frequentemente considerada c...

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Bibliographic Details
Main Author: Santos, Juliana Aparecida Dos
Other Authors: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Format: Doctoral or Postdoctoral Thesis
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (Unesp) 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/204155
Description
Summary:Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Processo FAPESP 2015/25170-1 CAPES: 001 Pós-graduação em Ciências Biológicas (Microbiologia Aplicada) - IBRC A retração frontal de geleiras é frequentemente considerada como um sinal evidente de aquecimento global. Os solos de geleiras abrigam uma comunidade microbiana ativa de decompositores e frente à retração contínua do gelo, o solo passa a representar um gradiente de fatores físicos, químicos e biológicos que refletem as mudanças regionais ao longo do tempo. A micologia antártica é uma ciência relativamente recente e pouco se conhece sobre a natureza biológica desse grupo de micro-organismos. O presente trabalho é parte dos projetos FAPESP 2016/07957-7, PROANTAR/CNPq MICROSFERA e CNPq Universal (407986/2018-9) e teve como objetivo principal conhecer a diversidade de fungos (utilizando métodos dependentes e independentes de cultivo) de amostras de solo de recuo de duas geleiras situadas na Península Fildes (Ilha Rei George), bem como avaliar a estrutura da comunidade de fungos e correlacioná-la à composição dos solos amostrados. Os resultados obtidos no método dependente de cultivo revelaram a diferença na composição das comunidades fúngicas ao longo do recuo da geleira Collins e a presença de isolados ainda não reportados no ambiente Antártico. Foi isolado um total de 309 fungos distribuídos em 19 gêneros. Os representantes dos gêneros Pseudogymnoascus e Mortierella apresentaram alta prevalência e dominância em todas as amostras. Os dados revelaram a presença de fungos filamentosos pertencentes ao Filo Basidiomycota, raramente isolados na Antártica. As variações ambientais demonstraram ter influenciado os gêneros Pseudogymnoascus e Pseudeutorium. A abordagem independente de cultivo (metabarcoding de DNA ITS1) das amostras do transecto das geleiras Collins e Baranowski, forneceu informações sobre a diversidade e composição das comunidades fúngicas desses ecossistemas. As ...