Microplastics in Penguins from Antarctic Peninsula

Dissertação de Mestrado em Ecologia apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia A poluição marinha por microplásticos (partículas < 5mm) pode provocar acumulação de componentes tóxicos e/ou um aumento da mortalidade de várias espécies. No entanto, este tipo de poluição encontra-se pouco estu...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fragão, Joana Rita Costa
Other Authors: Bessa, Ana Filipa da Silva, Xavier, José Carlos Caetano
Format: Master Thesis
Language:English
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/92281
Description
Summary:Dissertação de Mestrado em Ecologia apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia A poluição marinha por microplásticos (partículas < 5mm) pode provocar acumulação de componentes tóxicos e/ou um aumento da mortalidade de várias espécies. No entanto, este tipo de poluição encontra-se pouco estudada nas regiões polares, principalmente na Antártida. Como os pinguins apresentam uma ampla distribuição na Antártida, e os microplásticos podem surgir via ingestão de presas, estes podem ser usados como bio-indicadores. Três espécies de pinguins, Adélie (Pygoscelis adeliae), Chinstrap (Pygoscelis antarcticus) e Gentoo (Pygoscelis papua), foram usadas para avaliar o nível de microplásticos e identificar as presas (Euphausia superba) como potencial fonte de microplásticos. A amostragem foi realizada ao longo de várias colónias de reprodução e ao longo de várias temporadas, dezembro, janeiro e fevereiro, de 2006 a 2016, ao longo da Península Antártica (e algumas na Geórgia do Sul). A dieta e a presença de microplásticos foi analisada usando fezes como proxy de ingestão, cada camarão da Antártida foi contado (presente em 85%, 54% e 66% das amostras de Adélie, Chinstrap e Gentoo respetivamente), e medido de forma a determinar a dieta de cada pinguim. Um total de 97 partículas, produzidas pelo homem, foram recuperadas das fezes (n=317), 34% (n=33) destas partículas foram identificadas como sendo microplásticos, 55% celulose natural feita pelo homem, 27% polietileno, 3% poliéster e 15% não foi possível identificar, mas a origem sintética foi confirmada. Todas as espécies de pinguins apresentaram possíveis microplásticos, em 20% das amostras nos pinguins Adélie e 30% nos pinguins Chinstrap e Gentoo. Os meus resultados mostram que a poluição por microplásticos não apresenta um foco, uma vez que não há variações da frequência de ocorrência destas partículas de norte para sul e não há uma oscilação ao longo dos anos. Este estudo mostra pela primeira vez a presença de microplásticos em Adélie e Chinstrap, e vai contribuir ...