Impactos da Oscilação do Atlântico Norte nos Regimes Fluviais dos rios Vouga e Mondego: Sua Relevância na Manifestação de Situações Hidrológicas Extremas (Cheias e Inundações)

Dissertação de mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra A Oscilação do Atlântico Norte (NAO – do inglês North Atlantic Oscillation) constitui o principal modo de variabilidade atmosférica do Atlântico...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Washington dos Santos
Other Authors: Cunha, Lúcio José Sobral da
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/100142
Description
Summary:Dissertação de mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra A Oscilação do Atlântico Norte (NAO – do inglês North Atlantic Oscillation) constitui o principal modo de variabilidade atmosférica do Atlântico Norte, mantendo uma estrutura dipolar visível ao longo de todo o ano. Embora não se saiba ao certo os processos atmosféricos (e não só) que governam esta Oscilação, existe cada vez mais conhecimento dos seus efeitos mesmo não se conseguindo ainda prevê-la de forma eficaz. Como auxílio a esta dificuldade, o estudo das tendências tem vindo a contribuir à consolidação de informação acerca da variabilidade apresentada pela NAO ao longo do tempo. O Estado Instantâneo do Tempo na Península Ibérica e em Portugal está relacionado duma forma muito intrincada com a fase da NAO (positiva ou negativa) e dessa forma todos os elementos meteorológicos que o constituem também. No entanto, a precipitação é de longe, dos elementos meteorológicos, o mais dependente da fase do dípolo atmosférico. Com efeito, sendo a precipitação em forma de chuva a principal fonte de alimentação do escoamento fluvial dos rios no Clima Mediterrâneo, impactos da NAO são esperados. Tal facto é ainda mais relevante se tivermos em conta que a NAO explica grande parte da variabilidade atmosférica durante o quadrimestre Dezembro- Março, grosso modo, o Inverno boreal, altura em que ocorrem as precipitações mais significativas na Península Ibérica e em que se despoletam também a maior parte da manifestação de fenómenos hidrológicos extremos ligados a cheias que causam inundações. De formas distintas mas muito concordante, as bacias hidrográficas do Vouga e do Mondego não constituem exceção aos constrangimentos enxertados pela NAO, respondendo de forma muito significativa aos ritmos pluviométricos impostos esta. The North Atlantic Oscillation (NAO) is the main atmospheric circulation pattern in the North Atlantic sector. Its dipole structure remains visible ...