Estratégias de forrageamento e evitação de predadores em Charadriidae e Scolopacidae na Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2010. Aves limícolas Charadriidae e Scolopacidae representam um notável componente de ecossistemas costeiros, especialmente em baías e estuários. A grande maioria destas aves é migratória, realizan...

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Bibliographic Details
Main Author: Lunardi, Vitor de Oliveira
Other Authors: Macedo, Regina Helena Ferraz
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/8087
Description
Summary:Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2010. Aves limícolas Charadriidae e Scolopacidae representam um notável componente de ecossistemas costeiros, especialmente em baías e estuários. A grande maioria destas aves é migratória, realizando longos deslocamentos entre áreas de reprodução, no Ártico e Subártico e áreas de invernagem, em regiões temperadas e tropicais. O objetivo geral desta tese foi analisar as estratégias de forrageamento e evitação de predadores em aves limícolas Charadriidae e Scolopacidae que habitam a costa oeste da Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil. Considerando o elevado requerimento energético destas aves em áreas de invernagem, investigou-se, entre dezembro de 2006 e março de 2009, a influência de fatores abióticos (e.g. movimento da maré, tipo de sedimento e proximidade da costa) e bióticos (e.g. potenciais predadores e disponibilidade de presas) no comportamento e no uso da área intermareal por aves em alimentação. Através de experimentos e observações em campo, constatou-se que o ritmo da maré influenciou diretamente a atividade de forrageamento das aves. Algumas espécies intensificaram sua atividade durante a passagem da linha da maré, enquanto outras intensificaram-na durante a maré baixa. Aves limícolas não exibiram respostas antipredatórias preditas em teoria como: evitação de áreas próximas à costa, aumento no tamanho de grupo ou fuga na presença de aves de rapina. Ainda, a atividade recreativa representou maior grau de ameaça às aves em forrageio do que a atividade humana de coleta de mariscos. Análises de associação entre densidade de aves e fatores ambientais mostraram que o uso da área intermareal para alimentação é influenciado, principalmente, pela disponibilidade de alimento e pelo tipo de sedimento escolhido para forrageio. A manutenção da diversidade e da qualidade de hábitats nesta baía é crucial para atender os requerimentos particulares de 10 espécies Charadriidae e Scolopacidae migratórias e de uma ...