Summary: | A Antártica é o continente mais frio e remoto do mundo, no qual mudanças físico-químicas vêm ocorrendo em seu ecossistema marinho nos últimos 30 anos, afetando toda cadeia trófica, incluindo predadores de topo, como cetáceos. O objetivo do presente trabalho é trazer o entendimento de como as mudanças climáticas na península antártica influenciam na abundância de Euphausia superba e o consequente impacto na reprodução da Megaptera novaeangliae. Para isso foi realizado uma revisão bibliográfica a partir de artigos disponíveis por meio de plataformas digitais. A alta taxa de nutrientes, por conta do degelo, atuam diretamente na base da cadeia trófica aumentando a densidade fitoplanctônica, levando a um aumento populacional de Euphausia superba e beneficiando o Megaptera novaeangliae. As alterações climáticas afetam o ecossistema marinho desde o período pré-industrial , no qual foram registradas aumento +0,5°C por décadas na temperatura de superfície, influenciando no aumento físico-químico marinho, como por exemplo, o pH que reduziu 0,08 a 0,13 unidades em 50 anos. O aumento de temperatura e alterações no pH, corroboram com o aumento de pCO2 no oceano antártico, tal como projeções indicam que as concentrações chegaram a 584 e 870 µatm no ano de 2100, resultado no aumento da acidificação oceânica. Tais fatores afetaram a abundância Euphausia superba e, consequentemente, a cadeia trófica marinha. As Megaptera novaeangliae migram para Antártica, uma vez que necessitam se alimentar para realizar atividades vitais, tal como a reprodução, porém em decorrência das mudanças climáticas, isso tem afetado sua produtividade, sendo importante para garantir níveis tróficos estáveis e ecossistemas marinhos equilibrado.
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