Dispersal, sex ad clonality in the marine environment: population genetic structure of the seagrass Cymodocea nodosa on Mediterranean and Atlantic coasts

Dissertação de dout. em Ecologia, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Univ. do Algarve, 2005 As angióspermicas marinhas, vulgarmente denominadas ervas marinhas, são um grupo de monocotiledóneas que crescem nas águas costeiras e ambientes estuarinos de todos os mares do mundo com a excepção d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alberto, Filipe
Other Authors: Serrão, Ester, Duarte, Carlos M.
Format: Doctoral or Postdoctoral Thesis
Language:English
Published: 2005
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.1/8505
Description
Summary:Dissertação de dout. em Ecologia, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Univ. do Algarve, 2005 As angióspermicas marinhas, vulgarmente denominadas ervas marinhas, são um grupo de monocotiledóneas que crescem nas águas costeiras e ambientes estuarinos de todos os mares do mundo com a excepção da Antártida. Todas as ervas marinhas apresentam um crescimento populacional que depende do balanço entre reprodução sexuada e crescimento clonal. A espécie modelo desta tese, a erva marinha Cymodocea nodosa, é uma planta dióica caracterizada por um crescimento clonal rápido e produção de sementes posicionadas junto ao rizoma materno. A espécie apresenta uma distribuição geográfica repartida pela bacia Mediterrânica e Atlântico Norte, desde o estuário do Sado até ao banco de Arguin na Mauritânia, assim como no Arquipélago Canário e ilha da Madeira. O âmbito desta tese é o estudo da genética populacional desta planta clonal através da análise de marcadores microsatéllites que são aqui inicialmente caracterizados. Estas ferramentas foram utilizadas ao longo deste trabalho para responder a uma série de questões organizadas segundo uma escala espacial e evolutiva crescente. Inicialmente são colocadas questões relacionadas com a capacidade de distinguir a individualidade genética, uma questão essencial em estudos de organismos clonais. Passamos de seguida para o nível dos processos populacionais onde procuramos compreender se a aparente baixa capacidade de dispersão da espécie se reflecte na sua estrutura genética espacial. De que modo contribuem a reprodução sexual e clonal para a dispersão de genes à escala local? Os resultados revelaram a mais forte estrutura genética jamais encontrada para qualquer erva marinha, apenas comparável com a de ervas terrestres que apresentam auto-fertilização. A estrutura clonal e a fraca dispersão observadas sugerem que a estratégia de recrutamento da espécie deve seguir um modelo de adição constante de plântulas à escala da pradaria, com alta mortalidade inicial. A estrutura genética ...