Fauna de Ediacara na Bacia do Jaibaras, Noroeste do Ceará: a primeira ocorrência no Nordeste do Brasil

Este trabalho apresenta a primeira ocorrência da fauna de Ediacara no Nordeste do Brasil, localizada no Município de Pacujá, região noroeste do Estado do Ceará e interpretações preliminares sobre seu significado. Por correlação regional, os fósseis estão incluídos na Bacia Jaibaras, possivelmente nu...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: BARROSO, Francisco Rony Gomes
Other Authors: LIMA FILHO, Mário Ferreira
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12022
Description
Summary:Este trabalho apresenta a primeira ocorrência da fauna de Ediacara no Nordeste do Brasil, localizada no Município de Pacujá, região noroeste do Estado do Ceará e interpretações preliminares sobre seu significado. Por correlação regional, os fósseis estão incluídos na Bacia Jaibaras, possivelmente numa nova unidade estratigráfica. O ambiente deposicional foi atribuído a um sistema fluvio-deltaico com ingressão marinha. Dez espécies Ediacaranas puderam ser identificadas, incluindo grupos pandêmicos, como Charniodiscus arboreus, Charniodiscus concentricus, Cyclomedusa davidi, Ediacaria flindersi e Medusinites asteroides, e grupos endêmicos, tais como Kimberalla quadrata, Palaeoghragmodictyon reticulata, Parvancorina minchami, Parvancorina saggita? e Pectinifrons abyssalis. Além disso, três icnogêneros foram observados: Arenicolites sp., Palaeophycus sp. e Planolites sp. A idade relativa dos depósitos foi sugerida em, pelo menos, 560 Ma e o conjunto de fósseis se assemelha à Assembléia White Sea. A bioturbação apresenta icnogêneros típicos do Ediacarano, sem ramificações e com pouca profundidade nos substratos. Portanto, aqui surge mais um evidência de que as relações ecológicas complexas e os verdadeiros bilaterianos já estavam presentes no Neoproteozoico e que sua ocorrência inédita no Ceará ascende esse Estado no cenário da paleontologia brasileira e mundial. CNPq