Bioflocos como alternativa Alimentar da ostra do pacífico Crassostrea gigas (Thunberg,1973)

A ostra do Pacífico Crassostrea gigas é a espécie mais produzida no estado de Santa Catarina. A alimentação de ostras em laboratórios de produção ou pesquisa é constituída principalmente por dietas mistas de microalgas vivas (MV). No entanto, o processo de produção de MV em quantidades suficientes p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mendes, Maria Helena de Araújo
Other Authors: Melo, Cláudio Manoel Rodrigues de, Freire, Thaís Brito, Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Moving Image (Video)
Language:Portuguese
Published: Centro de Ciências agrárias - CCA 2022
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/239556
Description
Summary:A ostra do Pacífico Crassostrea gigas é a espécie mais produzida no estado de Santa Catarina. A alimentação de ostras em laboratórios de produção ou pesquisa é constituída principalmente por dietas mistas de microalgas vivas (MV). No entanto, o processo de produção de MV em quantidades suficientes para manter esses animais é caro e depende de mão de obra qualificada. Ao longo dos anos, essa limitação econômica vem estimulando pesquisas na área de substituição dietética com o intuito de diminuir os custos operacionais no setor de microalgas. Com base nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a substituição parcial de MV por bioflocos (BFT) na alimentação C. gigas. O experimento teve duração de 28 dias, e as dietas testadas foram: a) 40 mg.L-1 de bioflocos (40BFT); b) 80 mg.L-1 mg.L-1 de bioflocos (40BFT); c) 160 mg.L-1 mg.L-1 de bioflocos (40BFT); d) 40 mg.L-1 de bioflocos + 40 mg.L-1 de microalgas (Chaetoceros müelleri e Isochrysis galbana) (40BFT + 40 MV); e) 80 mg.L-1 de microalgas (C. müelleri e I. galbana) (80MV). O pH, temperatura e salinidade da água foram aferidos diariamente. A biometria, cálculo do índice de condição (IC) dos organismos foram realizados a cada 14 dias. O pH médio foi de 8,17 ± 0,10, as temperaturas médias, aferidas antes e após a alimentação, foram de 16,20ºC ± 2,83 e 17,92ºC ± 5,29, respectivamente, e a salinidade média foi de 32,90 ± 1,94 g.kg-1. Os resultados demonstram que após o período experimental as ostras diferiram quanto seu crescimento em concha (comprimento) e peso total. Além disso, animais alimentados com 80MV apresentaram o maior incremento de IC quando comparado a ostras tratadas com 40BFT ou 80BFT. Apesar de não comprometer a sobrevivência de C. gigas, o BFT parece não ser bem incorporado por esses bivalves. Não existem estudos que utilizem BFT na dieta de ostras. As respostas encontradas nesse estudo irão contribuir com pesquisas que visem substituir alimentações convencionais de moluscos bivalves.