Substituição parcial de microalgas por bioflocos na alimentação de reprodutores Crassostrea gigas (Thunberg, 1793).

projeto pibic A ostra do Pacífico Crassostrea gigas é a espécie mais produzida no estado de Santa Catarina. A alimentação de ostras em laboratórios de produção ou pesquisa é constituída principalmente por dietas mistas de microalgas. No entanto, o processo de produção de microalgas em quantidades su...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Graff, Gabriel Filipe Faria
Other Authors: Melo, Claudio Manoel, Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Moving Image (Video)
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2021
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227691
Description
Summary:projeto pibic A ostra do Pacífico Crassostrea gigas é a espécie mais produzida no estado de Santa Catarina. A alimentação de ostras em laboratórios de produção ou pesquisa é constituída principalmente por dietas mistas de microalgas. No entanto, o processo de produção de microalgas em quantidades suficientes para manter esses animais é caro e depende de mão de obra qualificada. Ao longo dos anos, essa limitação econômica vem estimulando pesquisas na área de substituição dietética com o intuito de diminuir os custos operacionais no setor de microalgas. Com base nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a substituição microalgas por bioflocos na alimentação de C. gigas. O experimento teve duração de 45 dias, e as dietas testadas foram: a) 40 mg.L-1 de bioflocos (40BFT); b) 40 mg.L-1 de microalgas vivas (Chaetoceros müelleri e Isochrysis galbana) (40MV); c) 40 mg.L-1 de bioflocos + 40 mg.L-1 de microalgas (C. müelleri e I. galbana) (40BFT + 40 MV); d) 80 mg.L-1 de microalgas (C. müelleri e I. galbana) (80MV); e) sem alimentação (SA). O pH, temperatura e salinidade da água foram aferidos diariamente. A biometria e cálculo do índice de condição (IC) foram realizados quinzenalmente. O pH médio foi de 7,96 ± 0,10, a temperatura foi 22,25 ºC ± 1,10, e a salinidade 34,75 g.kg-1 ± 1,33. Os resultados demonstram que as ostras não diferiram quanto seu crescimento em concha e peso total. No entanto, animais alimentados com 40MV apresentaram o maior incremento de IC quando comparado a ostras tratadas com 40BFT ou sem alimentação, indicando que apesar de não comprometer a sobrevivência de C. gigas, o bioflocos parece não ser bem incorporado por esses bivalves. Não existem estudos que utilizem bioflocos na dieta de ostras. As respostas encontradas nesse estudo irão contribuir com pesquisas que visem substituir alimentações convencionais de moluscos bivalves.