Cultivo da macroalga vermelha Gelidium floridanum aproveitando os resíduos da malacocultura

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2020. A macroalga Gelidium tem grande importância comercial por ser fonte de ágar, um polissacarídeo amplamente utilizado pela indústria. Porém, gran...

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Bibliographic Details
Main Author: Bruzinga, Camila Pereira
Other Authors: Hayashi, Leila, Simioni, Carmen, Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2020
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216126
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Florianópolis, 2020. A macroalga Gelidium tem grande importância comercial por ser fonte de ágar, um polissacarídeo amplamente utilizado pela indústria. Porém, grande parte da produção mundial é obtida quase que exclusivamente da sua extração de bancos naturais, estimulando pesquisas que visem o cultivo deste gênero. Recentemente, a importância dos íons de cálcio no processo germinativo de esporos foi demonstrada, promovendo um importante avanço no conhecimento de tecnologias de cultivo. Por outro lado, o cultivo de mexilhões e ostras no Sul do Brasil, desempenha um papel significativo na maricultura, gerando grande quantidade de resíduos em forma de conchas. Essas, formadas em sua maior parte por carbonato de cálcio, são descartadas em vez de serem reutilizadas para produzir material de valor agregado provocando, consequentemente, impactos ambientais, sociais e econômicos negativos. Este trabalho teve como objetivo melhorar as técnicas para o cultivo da espécie G. floridanum, aproveitando os sais de cálcio das conchas. Tetrásporos e explantes foram cultivados em laboratório por 20 dias com água do mar enriquecida com solução von Stosch a 50% nos seguintes tratamentos: 252 mg L -1 (Os1) e 336 mg L -1 (Os2) de pó de concha de ostra Crassostrea gigas, 252 mg L -1 (Mx1) e 336 mg L -1 (Mx2) de pó de concha de mexilhão Perna perna e 147 mg L -1 (Ca1) e 295 mg L -1 (Ca2) de solução de cloreto de cálcio (CaCl 2 ). No controle, não foi acrescentado sais de cálcio nem pó de conchas. Os resultados mostraram que, para a germinação dos tetrásporos, não há diferença significativa entre os tratamentos e controle. Os tratamentos com pó de concha prejudicaram a viabilidade dos tetrásporos, refletida pela presença de massa esverdeada, além de ser observado desorganização celular e atraso no desenvolvimento do tubo germinativo. As plântulas dos tratamentos Mx1 e Os1 apresentaram os menores ...