Marcadores de estresse oxidativo e outros parâmetros biológicos em peixes e bivalves como ferramentas de monitoramento ambiental: análise de dois ecossistemas catarinenses.

TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. Atividades antrópicas geram uma quantidade significativa de poluentes que são lançados ao meio ambiente, muitas vezes ocasionando distúrbios ecológicos. Estes poluentes causam alterações biológicas em v...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Trevisan, Rafael
Other Authors: Dafré, Alcir Luiz, Bainy, Afonso Celso Dias, Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Other/Unknown Material
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC. 2008
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132883
Description
Summary:TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. Atividades antrópicas geram uma quantidade significativa de poluentes que são lançados ao meio ambiente, muitas vezes ocasionando distúrbios ecológicos. Estes poluentes causam alterações biológicas em vários níveis: molecular, celular, tecidual, organismo, populações e comunidades. Entre os xenobiontes presentes nos ecossistemas aquáticos, inúmeros compostos químicos e orgânicos possuem um potencial oxidativo, ampliando o dano causado por espécies reativas de oxigênio. Desta forma, as quantificações destes danos celulares e defesas antioxidantes podem ser usadas como biomarcadores de contaminação aquática. Este estudo foi realizado entre 2005 e 2007 em rios do complexo da Baía da Babitonga, em Joinville-SC, e também em diferentes pontos da Baía de Florianópolis, em 2008, através da exposição de tilápias (Oreochromis niloticus) e ostras (Crassostrea gigas), respectivamente. Marcadores de estresse oxidativo e outros parâmetros biológicos foram analisados como um possível protocolo de monitoramento ambiental. Os resultados demonstraram uma forte contaminação em Joinville, com indução das defesas antioxidantes, enzimas de metabolização e de dano celular, além da inibição colinesterásica. Estes dados estão de acordo com as evidências da presença de metais, uso de pesticidas e de alta atividade industrial. Já em Florianópolis, não foram observadas alterações significativas nos parâmetros estudados, possivelmente devido à falta de um ponto de referência adequado, que esteja livre de contaminação por efluentes domésticos. Concluímos que os parâmetros de estresse oxidativo podem ser importantes ferramentas complementares em trabalhos de monitoramento ambiental, junto a outros biomarcadores já estabelecidos, auxiliando a compreensão dos efeitos da contaminação sobre os organismos aquáticos e fornecendo importantes informações a respeito das modulações das defesas celulares.