Variabilidade Interanual do Potencial Energético das Ondas Oceânicas na Costa Setentrional do Rio Grande do Norte, Atlântico Equatorial Sul

Este estudo tem como objetivo descrever o potencial de energia das ondas oceânicas na costa do Estado do Rio Grande do Norte, Extremo Nordeste do Brasil, com base em resultados de simulações numéricas de ondas entre os anos de 2010 a 2017. Para caracterizar o regime das ondas e avaliar o potencial d...

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Bibliographic Details
Published in:Anuário do Instituto de Geociências
Main Authors: Matos, Maria de Fátima Alves de, Scudelari, Ada Cristina, Amaro, Venerando Eustáquio
Other Authors: A CAPES pela concessão das bolsas de Pesquisa do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES), Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e o Projeto UNIVERSAL/CNPq-481386/2012-2
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2022
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/46460
https://doi.org/10.11137/1982-3908_2022_45_46460
Description
Summary:Este estudo tem como objetivo descrever o potencial de energia das ondas oceânicas na costa do Estado do Rio Grande do Norte, Extremo Nordeste do Brasil, com base em resultados de simulações numéricas de ondas entre os anos de 2010 a 2017. Para caracterizar o regime das ondas e avaliar o potencial de energia das ondas foram usados os modelos espectrais: WaveWatch III, este para a geração de ondas em águas offshore com saídas para as condições de contorno para o modelo de propagação das ondas; e, o modelo SWAN para as transformações e propagação das ondas geradas ao largo até a zona costeira. Testes de validação foram realizados com dados de medições in situ para ser avaliado o fluxo de energia de ondas em pontos próximos da costa. A avaliação da série temporal dos dados da simulação é apresentada quanto sua variação temporal, incluindo a variabilidade sazonal, e quanto sua distribuição espacial ao longo do domínio geográfico da modelagem. Os resultados estatísticos mostram que ao longo dos anos o potencial de energia das ondas possui variabilidade significativa entre os meses. De dezembro a março a energia das ondas são mais intensas, com valores máximos atingindo 16,7 kW/m e 25,9 kW/m, influenciadas pelas maiores alturas significativas de ondas e direções predominantes de N para NE. De junho a setembro, o comportamento do potencial de energia das ondas é reduzido a baixos níveis, 0,03 e 0,9 kW/m, com ondas provenientes de N a ENE. Em termos de distribuição espacial, o talude continental foi considerado a zona mais energética, com média de 25 kW/m durante o verão. Contudo, os resultados mostraram também que em alguns setores da plataforma continental interna, próximo da profundidade de 25 m, houve a ocorrência de valores de potencial de energia de ondas com máximos de 44 kW/m durante o verão.