Circulação Oceânica a 1000 Metros na Região da Cadeia Vitória – Trindade

A circulação oceânica de subsuperfície desempenha um papel crucial nos transportes oceânicos de calor e massa e consequentemente no sistema climático terrestre. Algumas regiões oceânicas até os dias atuais ainda apresentam poucos estudos que busquem caracterizar aspectos básicos relativos à dinâmica...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ
Main Authors: Santo, Sidney Rafael Gomes da Silva do Espírito, Assad, Luiz Paulo de Freitas
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2019
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/30820
https://doi.org/10.11137/2019_1_593_602
Description
Summary:A circulação oceânica de subsuperfície desempenha um papel crucial nos transportes oceânicos de calor e massa e consequentemente no sistema climático terrestre. Algumas regiões oceânicas até os dias atuais ainda apresentam poucos estudos que busquem caracterizar aspectos básicos relativos à dinâmica oceânica existente em níveis intermediários e profundos, como é o caso de parte significativa da região oceânica adjacente à costa leste brasileira. Este trabalho tem como objetivo a caracterização da circulação oceânica a 1000 metros e a estrutura termohalina na região da Cadeia Vitória – Trindade (CVT) a partir de perfiladores lagrangeanos Argo. Os resultados indicam que a profundidade de 1000 metros é uma região de transição na coluna d’água entre a circulação intermediária e a profunda, sobretudo sob o ponto de vista da análise da trajetória. Ao norte da cadeia, o fluxo é dominado por uma corrente de norte para sul, atribuído à Corrente de Contorno Profunda (CCP). Enquanto no sul da cadeia, um fluxo zonal de leste para oeste domina a região oceânica e a Corrente de Contorno Intermediária (CCI) aparece junto ao talude indo para norte, enquanto um fluxo contrário para sul ocorre mais afastado da costa. Na análise termohalina da região, as características termohalinas da Água Intermediária Antártica (AIA) dominam o nível de 1000 metros, o que sugere que ao norte da cadeia a CCP influencie no transporte da AIA para sul.