Editorial de Tim Ingold (tradução)

“É extraordinário que já tenham se passado vinte e quatro anos desde que ele foi publicado”1, relembra Tim Ingold ao autorizar a tradução para o português deste editorial da Revista Man2, que não só apontava um cenário futuro para a Antropologia no início dos anos noventa, como delineava os contorno...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Benites, Luiz Felipe Rocha
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense 2017
Subjects:
Online Access:https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41787
https://doi.org/10.22409/antropolitica2016.1i40.a41787
Description
Summary:“É extraordinário que já tenham se passado vinte e quatro anos desde que ele foi publicado”1, relembra Tim Ingold ao autorizar a tradução para o português deste editorial da Revista Man2, que não só apontava um cenário futuro para a Antropologia no início dos anos noventa, como delineava os contornos de um empreendimento no qual o próprio autor foi um agente ativo. Desde o trabalho de campo entre os Skolt Sami, na Finlândia, ainda nos anos setenta, este antropólogo britânico vem construindo um percurso original na disciplina. Ao rever sua própria trajetória intelectual, Ingold (2011, p. 4) retoma os fios de uma malha de termos-chave que estão emaranhados na tessitura das distintas fases do seu trabalho intelectual. Partindo do significado de produção, passando pelo sentido de história, chegando à noção de habitar para explorar atualmente como a vida se desenvolve ao longo de linhas, o seu work in progress consolidou uma contribuição inestimável para repensar a relação entre natureza e sociedade/cultura, ao afirmar a indissociabilidade entre o modo de habitar o mundo, o mover-se nele e a forma de vir a conhecê-lo.