Alimentos, palavras e saúde (da alma e do corpo), em sermões de pregadores brasileiros do século XVII

MASSIMI, M.: Alimentos, palavras e saúde (da alma e do corpo), em sermões de pregadores brasileiros do século XVII. História, Ciências, Saúde Manguinhos, v. 13, n. 2, p. 253-70, abr.-jun. 2006. Este artigo analisa alguns sermões pregados entre os séculos XVII e XVIII no Brasil, baseados em metáforas...

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Bibliographic Details
Main Author: Massimi, Marina
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Fundação Oswaldo Cruz 2006
Subjects:
Online Access:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=386137989004
http://www.redalyc.org/revista.oa?id=3861
Description
Summary:MASSIMI, M.: Alimentos, palavras e saúde (da alma e do corpo), em sermões de pregadores brasileiros do século XVII. História, Ciências, Saúde Manguinhos, v. 13, n. 2, p. 253-70, abr.-jun. 2006. Este artigo analisa alguns sermões pregados entre os séculos XVII e XVIII no Brasil, baseados em metáforas alimentares. O uso das metáforas, recorrente nos sermões do período colonial, fundamenta-se em dois alicerces: 1) na teoria aristotélica do conhecimento, em que o sensorial ocupa um papel prioritário, como porta de acesso para a compreensão das idéias mais abstratas e para a mobilização dos afetos e da vontade visando à modificação do comportamento dos ouvintes; 2) na doutrina platônica sobre a importância das imagens para conservar a memória das idéias. A oratória sagrada do período desperta interesse para a história cultural, uma vez que os sermões constituíram-se numa importantíssima fonte de transmissão de doutrinas e de modelagem dos comportamentos numa sociedade em que a oralidade era a principal forma de difusão dos conhecimentos. Massimi, M.: Food, words and health (from the soul and body) in the seventeenth century Brazilian preachers’ symons. History, Science, Manguinho Health, see 13, No 2, p. 253-70, Abr.-Jun. 2006. This article looks at a number of turbot sawns between the 17th and 18th centuries in Brazil, based on metaphors. The use of metal, which is recurrent in the symons of the colonial period, is based on two bases: (1) in the Aristotélica theory of knowledge, in which the sensory plays a priority role, as a gateway for understanding the most abstract qualities and for mobilising those concerned and the will to change the behaviour of listeners; (2) in platonical legal literature on the importance of images for maintaining the memory of the donia. The sagrant speech of the period attracts interest in cultural history, since the mountains have been a very important source of transmission of doctrines and modelling of behaviour in a society where orality was the main way of disseminating knowledge.