O middle ground

Na região dos Grandes Lagos da América do Norte de meados do século XVII a meados do XVIII, nativos algonquinos e agentes coloniais franceses interagiram em meio ao complexo processo de contato colonial. As condições de existência naquele espaço impeliam algonquinos e franceses a um apoio recíproco...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: White, Richard
Format: Other/Unknown Material
Language:Portuguese
Published: 2019
Subjects:
Online Access:https://dialnet.unirioja.es/servlet/oaiart?codigo=8127870
Description
Summary:Na região dos Grandes Lagos da América do Norte de meados do século XVII a meados do XVIII, nativos algonquinos e agentes coloniais franceses interagiram em meio ao complexo processo de contato colonial. As condições de existência naquele espaço impeliam algonquinos e franceses a um apoio recíproco para se atingir objetivos específicos. Isso ocorria de tal modo que eles produziram concepções comuns de adequados modos de agir, isto é, aquilo que denominamos de middle ground. A necessidade inevitável de comunicação nos termos do outro gerou um processo de oportunos e criativos mal-entendidos mútuos, os quais produziam novos conteúdos culturais que, ao se tornarem convenções entre as partes envolvidas, se transformavam num novo referencial que orientou as ações dos sujeitos históricos. A abordagem teórica desse conceito é discutida nesse texto por meio da análise das relações cotidianas nas quais algonquinos e franceses produziram essa zona de inteligibilidade mútua. As congruências culturais, que deram forma ao middle ground, eram respostas a problemas e controvérsias que giravam em torno de questões como sexo, violência e comércio. A análise das medidas tomadas nesses campos relacionais expõe que os conteúdos híbridos surgiam de reiteradas tentativas de se encontrar conexões entre os referenciais normativos franceses e costumes algonquinos. As respostas produzidas nessas situações não se configuravam como noções exclusivamente francesas ou algonquinas, mas como improvisações e criações emergidas em pontos onde as culturas se cruzavam e promoviam uma zona cultural intermediária em que as expectativas de cada lado poderiam encontrar um grau aceitável de satisfação. In the Great Lakes region of North America from the mid-17th to the mid-18th century, Algonkin natives and French colonial agents interacted in the midst of the complex process of colonial contact. The conditions of existence in that space impelled Algonkins and French to reciprocal support to achieve specific goals. This happened in such a way that ...