Estudos in vitro e in vivo em peixes da Ria de Aveiro

Mestrado em Toxicologia e Ecotoxicologia Dado a importância e complementaridade existente entre estudos de campo e estudos de laboratório, o presente trabalho engloba ambos os tipos de estudo. Os peixes desempenham um papel ecológico bastante relevante ao nível das cadeias tróficas aquáticas, pelo q...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Carla Sofia dos Santos
Other Authors: Santos, Maria Ana Dias Monteiro
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: Universidade de Aveiro 2007
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/745
Description
Summary:Mestrado em Toxicologia e Ecotoxicologia Dado a importância e complementaridade existente entre estudos de campo e estudos de laboratório, o presente trabalho engloba ambos os tipos de estudo. Os peixes desempenham um papel ecológico bastante relevante ao nível das cadeias tróficas aquáticas, pelo que são frequentemente usados como organismos sentinela em estudos de biomonitorização. Assim, para o presente trabalho, foram adoptadas duas espécies representativas da ictiofauna da Ria de Aveiro: a tainha garrento (Liza aurata) e a enguia europeia (Anguilla anguilla L.). O estudo de campo consistiu na avaliação genotóxica sazonal de uma laguna poluída (Ria de Aveiro), através da detecção de anomalias nucleares eritrocíticas (ANEs) em espécimes juvenis de L. aurata, colhidos em seis locais da Ria. A investigação revelou um local crítico – Vagos – onde foi possível observar elevadas frequências de ANEs na Primavera, no Verão e no Inverno. Neste contexto, o teste de ANEs revelou ser um teste genotóxico relativamente rápido, fácil de executar e sensível. Para a realização da componente laboratorial e in vitro da presente tese, adoptou-se como modelo biológico A. anguilla L., a qual foi injectada intraperitonealmente com β-naftoflavona (4mg/kg). A β-naftoflavona é um composto flavonóide sintético reconhecido como um forte indutor das monooxigenases hepáticas, como por exemplo a etoxiresorufina O-desetilase (EROD). A EROD tem demonstrado ser muito sensível à indução causada por vários contaminantes, pelo que a sua actividade é frequentemente usada como biomarcador in vivo de exposição a poluentes químicos, nomeadamente hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) e compostos estruturalmente semelhantes. Apesar deste efeito causado, ao nível do fígado, pelos HAPs ou por compostos estruturalmente semelhantes, também pode ocorrer inibição sob diversas circunstâncias, tais como a presença de elevadas concentrações de HAPs ou de outros compostos orgânicos ou de metais pesados. Assim, os microsomas hepáticos foram isolados ...