Contribuição para o estudo da biologia reprodutora e ecologia de galheta, Phalacrocorax aristotelis, do arquipélago das Berlengas

Mestrado em Biologia Marinha É no arquipélago das Berlengas que se encontra o maior núcleo reprodutor de galheta, Phalacrocorax aristotelis, em Portugal. Em função da sua reduzida dimensão, a população portuguesa desta ave marinha está classificada como Vulnerável. O presente trabalho teve como obje...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Elisabete Magalhães da
Other Authors: Luís, António Manuel da Silva, Oliveira, Nuno Miguel dos Santos
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: Universidade de Aveiro 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/15505
Description
Summary:Mestrado em Biologia Marinha É no arquipélago das Berlengas que se encontra o maior núcleo reprodutor de galheta, Phalacrocorax aristotelis, em Portugal. Em função da sua reduzida dimensão, a população portuguesa desta ave marinha está classificada como Vulnerável. O presente trabalho teve como objetivo principal contribuir para o estudo detalhado da biologia reprodutiva, ecologia e conservação desta população. A recolha de dados foi desenvolvida entre janeiro e junho de 2015. Foi estimado o número de casais reprodutores na ilha, determinaram-se as taxas de sucesso; analisou-se a qualidade do habitat de nidificação e a evolução do estado dos ninhos ao longo da época reprodutora. Pretendeu-se, ainda, perceber se ocorreram alterações significativas na população nidificante ao longo das últimas décadas, com a análise de uma série temporal de dados referentes ao tamanho da população de galheta, neste arquipélago, no período entre 1939 e 2015 e procurar potenciais ameaças a que esta espécie possa estar sujeita. Por fim, procedeu-se ao estudo do comportamento reprodutor e alimentar através de observação direta e de câmaras digitais. Durante a época reprodutora de 2015, foram contabilizados 75 casais reprodutores, sendo que o pico de ninhos ativos foi atingido a 13 de abril. A média de ovos colocados foi de 2,14 ovos/ninho, dos quais eclodiram em média, 1,32 crias resultando numa produtividade total de 57,3%. Foi possível conhecer que os turnos de incubação têm uma duração de 12h em média, as viagens alimentares 3h e 39 minutos e existe uma diferença significativa entre a duração destas com ovos e crias, nomeadamente 5:50h e 2:58h, respetivamente. Concluiu-se, ainda, que os casais que iniciam a sua época reprodutora mais cedo, têm uma maior produtividade, refletindo-se em maior qualidade dos locais de nidificação escolhidos, mais ovos, e maior sucesso reprodutor. Detetou-se a aproximação do rato-preto (Rattus rattus) aos ninhos de galheta situados em zonas com elevada vegetação o que poderá ter contribuído para a ...