“O DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL DEVERIA SER BEM TRATADO”: O (NÃO) RECONHECIMENTO NA ATIVIDADE DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO MÉDICO-LEGAL

O artigo tem por objetivo identificar se existe reconhecimento no universo de trabalho daqueles que atuam no Departamento Médico-Legal (DML) do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul. O trabalho não é uma atividade de cunho individual, ele configura-se a partir de uma relação social,...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Economia & Gestão
Main Author: Cavedon, Neusa Rolita
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Editora PUC Minas 2017
Subjects:
DML
Online Access:http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2017v17n46p23
https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2017v17n46p23
Description
Summary:O artigo tem por objetivo identificar se existe reconhecimento no universo de trabalho daqueles que atuam no Departamento Médico-Legal (DML) do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul. O trabalho não é uma atividade de cunho individual, ele configura-se a partir de uma relação social, portanto, há um saber que se dá no âmbito do coletivo. Para Gernet e Dejours (2011), a dimensão coletiva ganha espaço na medida em que o reconhecimento passa a ser experimentado pelos integrantes da organização. A pesquisa de cunho qualitativo incluiu idas a campo de agosto até dezembro de 2013. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com os profissionais da equipe de plantão que atuam em um determinado dia da semana. Os achados revelaram que o reconhecimento pelos superiores hierárquicos, pelos colegas de outro departamento da instituição e pela sociedade, inexistem; por parte da polícia, o reconhecimento é parcial. O reconhecimento simbolicamente significativo se dá pelos pares da equipe de plantão, mas acaba não sendo suficiente para evitar o sofrimento.