Principais Patógenos que Afetam Peixes Cultivados em Portugal

A mortalidade de peixes que ocorre nas explorações aquícolas, devida à ação de agentes patogénicos, constitui ainda um dos maiores entraves ao desenvolvimento económico do sector. Tendo em conta a sua origem, as doenças podem subdividir-se em não infeciosas e infeciosas, sendo estas últimas as de ma...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Pires, Damiana, Vaz, Mariana, Pires, Pedro, Passos, Ricardo, Carmo, Beatriz, Santos, Paulo, Tomás, Mafalda, Ferreira, Susana M. F., Baptista, Teresa
Format: Book
Language:Portuguese
Published: MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Politécnico de Leiria e Escola de Turismo e Tecnologia do Mar, Politécnico de Leiria 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.8/7826
https://doi.org/10.25766/v17c-6p71
Description
Summary:A mortalidade de peixes que ocorre nas explorações aquícolas, devida à ação de agentes patogénicos, constitui ainda um dos maiores entraves ao desenvolvimento económico do sector. Tendo em conta a sua origem, as doenças podem subdividir-se em não infeciosas e infeciosas, sendo estas últimas as de maior importância e a principal causa de perdas económicas elevadas. As doenças infeciosas agrupam-se em três categorias, de acordo com a sua etiologia viral, bacteriana e parasítica. Estas doenças são muitas vezes indicadoras de condições fisiológicas e patológicas, resultantes de alimentação inadequada, infeções subclínicas, ou condições ambientais adversas. Quando simultaneamente existem condições favoráveis para a multiplicação do patógeno e condições adversas para os peixes, observa-se o desenvolvimento da doença. Entre as condições adversas que podem diminuir a resposta imune dos peixes cultivados, provocando uma maior predisposição aos patógenos, enumeram-se: densidade elevada, baixos níveis de oxigénio, stress alimentar, stress provocado pelo transporte, acumulação de compostos azotados, alterações de pH, entre outros. Estas situações, tendo em conta as consequências, merecem uma atenção redobrada por parte dos aquicultores. Para além do impacto direto provocado pela mortalidade dos peixes, as doenças têm outros custos associados, nomeadamente: os custos dos tratamentos, da ração medicada, a diminuição da taxa de conversão alimentar que causa atrasos no crescimento, o custo da recolha e destino dos peixes mortos, além da proibição de comercialização dos peixes durante o intervalo de segurança imposto pela legislação, após administração de medicamentos veterinários. Com este manual pretende-se descrever as principais patologias de origem bacteriana, viral e parasítica que afetam as espécies de peixe mais produzidas em aquacultura, em Portugal, nomeadamente pregado Scophthalmus maximus (Linnaeus, 1758), dourada Sparus aurata Linnaeus, 1758, robalo Dicentrarchus labrax (Linnaeus, 1758), linguado senegalês Solea ...