Tristes tropistes. Du Brésil à la France, une controverse à l'aube des guerres de religion

Tristes tropistas. Do Brasil a França, uma controvérsia no despontar das guerras de religiāo A controvérsia religiosa que leve por palco a efémera França Antárlica, fundada no Brasil (1555-1560) pelo Cavaleiro de Villegagnon, é geralmenie inlerprelada como um conflito entre católicos e calvinistas....

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revue de l'histoire des religions
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:French
Published: PERSEE 1985
Subjects:
Online Access:http://www.persee.fr/doc/rhr_0035-1423_1985_num_202_3_2710
https://doi.org/10.3406/rhr.1985.2710
Description
Summary:Tristes tropistas. Do Brasil a França, uma controvérsia no despontar das guerras de religiāo A controvérsia religiosa que leve por palco a efémera França Antárlica, fundada no Brasil (1555-1560) pelo Cavaleiro de Villegagnon, é geralmenie inlerprelada como um conflito entre católicos e calvinistas. О problema, contudo, é mais complexo, provando-o por um lado a presença de um terceiro protagonista, o teólogo Jean Cointa, defensor da Confissāo de Ausburgo segundo as fontes « genovesas », e por oulro as sequelas da controvérsia, em França, no decorrer dos anos 1561-1562. Villegagnon, entāo, concentra os seus alaques, a propósito da Eucarislia, unicamente sobre os calvinistas, nāo deixando, no enlanlo, de se apoiar nos argumenlos dos luleranos ortodoxos, no combate destes contra os « Filipistas ». Neste conflito exemplar, nāo é tanio entre católicos e protestantes que a cisāo religiosa se opera, mas sim entre os parlidários da presença real e corporal de Deus nas espécies e os « tropistas » para quem о signo eucarístico é sobretudo da compelência de uma semiótica ou de uma gramática. La controverse religieuse qui eut pour théâtre l'éphémère France Antarctique établie par le chevalier de Villegagnon au Brésil (1555-1560) est généralement interprétée comme un conflit entre catholiques et calvinistes. En fait, le problème est plus complexe, comme l'indiquent d'une part la présence d'un tiers, le théologien Jean Cointa, tenant de la confession d'Augsbourg selon les sources « genevoises », et d'autre part les séquelles de la controverse en France durant les années 1561-1562. Villegagnon concentre alors ses attaques, à propos de l'Eucharistie, sur les seuls calvinistes, tout en s'aidant des arguments des luthériens orthodoxes dans leur combat contre les « Philippistes ». Dans ce conflit exemplaire, la scission religieuse passe moins entre catholiques et protestants, qu'entre les partisans de la présence réelle et corporelle de Dieu dans les espèces, et les « tropistes » pour qui le signe eucharistique relève d'abord d'une sémiotique ou d'une grammaire. Tristes tropistas. Do Brasil a França, uma controvérsia no despontar das guerras de religiāo A controvérsia religiosa que leve por palco a efémera França Antárlica, fundada no Brasil (1555-1560) pelo Cavaleiro de Villegagnon, é geralmenie inlerprelada como um conflito entre católicos e calvinistas. О problema, contudo, é mais complexo, provando-o por um lado a presença de um terceiro protagonista, o teólogo Jean Cointa, defensor da Confissāo de Ausburgo segundo as fontes « genovesas », e por oulro as sequelas da controvérsia, em França, no decorrer dos anos 1561-1562. Villegagnon, entāo, concentra os seus alaques, a propósito da Eucarislia, unicamente sobre os calvinistas, nāo deixando, no enlanlo, de se apoiar nos argumenlos dos luleranos ortodoxos, no combate destes contra os « Filipistas ». Neste conflito exemplar, nāo é tanio entre católicos e protestantes que a cisāo religiosa se opera, mas sim entre os parlidários da presença real e corporal de Deus nas espécies e os « tropistas » para quem о signo eucarístico é sobretudo da compelência de uma semiótica ou de uma gramática. Tristes tropistas. Do Brasil a França, uma controvérsia no despontar das guerras de religiāo A controvérsia religiosa que leve por palco a efémera França Antártica, fundada no Brasil (1555-1560) pelo Cavaleiro de Villegagnon, é geralmente interpretada como um conflito entre católicos e calvinistas. О problema, contudo, é mais complexo, provando-o por um lado a presença de um terceiro protagonista, o teólogo Jean Cointa, defensor da Confissāo de Ausburgo segundo as fontes « genovesas », e por outro as sequelas da controvérsia, em França, no decorrer dos anos 1561-1562. Villegagnon, entāo, concentra os seus ataques, a propósito da Eucaristia, unicamente sobre os calvinistas, nāo deixando, no entanto, de se apoiar nos argumentos dos luteranos ortodoxos, no combate destes contra os « Filipistas ». Neste conflito exemplar, nāo é tanto entre católicos e protestantes que a cisāo religiosa se opera, mas sim entre os partidários da presença real e corporal de Deus nas espécies e os « tropistas » para quem о signo eucarístico é sobretudo da competência de uma semiótica ou de uma gramática.