Antártida

No extremo Sul do planeta Terra há a última fronteira ao avanço e controle total do homem. Se já são tantas as dificuldades para a sobrevivência em um ambiente hostil, podemos imaginar o esforço maior para a permanência total e indefinida. Tal território, sempre idealizado pelos antigos gregos, cerc...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Confins
Main Author: Felicio, Ricardo
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Hervé Théry 2007
Subjects:
Online Access:http://confins.revues.org/122
Description
Summary:No extremo Sul do planeta Terra há a última fronteira ao avanço e controle total do homem. Se já são tantas as dificuldades para a sobrevivência em um ambiente hostil, podemos imaginar o esforço maior para a permanência total e indefinida. Tal território, sempre idealizado pelos antigos gregos, cerca de 300 a.C., mas descoberto há pouco mais de um século é a Antártida. Suas diferenças são marcantes em relação ao seu par, no pólo Norte, em todos os sentidos. O mais importante é o fato de a Antártida ser realmente um continente, enquanto que o Ártico é apenas uma calota de mar congelado. As diferenças geográficas são muito importantes para se ter uma idéia de diversos comportamentos climatológicos e oceanográficos entre os dois hemisférios da Terra. Devemos dar ênfase a estas características geográficas para o estudo da região. Enquanto no pólo Norte há o Ártico como um mar congelado, com espessura de gelo próxima de 10 metros, cercado de continentes por todos os lados, com estreitas faixas de oceanos livres, o pólo Sul é exatamente o oposto. Temos um continente de fato, a Antártida, cercada de oceano livre por todos os lados, o Oceano Circumpolar Antártico. Este é um motivo chave para os deslocamentos dos fluidos geofísicos do planeta: os oceanos e a atmosfera. Com a ausência de perturbações causadas pela presença de massas continentais, os fluidos poderão formar fenômenos consideráveis.