A COOCORRÊNCIA DE PLANTAS NA CAATINGA PODE SER EXPLICADA PELO PROCESSO DE FACILITAÇÃO? ESTUDO DE CASO COM DUAS ESPÉCIES DE FABACEAE

RESUMO Diferenças heteroespecíficas nas taxas de crescimento em altura, na produção de biomassa e na área foliar entre espécies coocorrentes são formas de medir a ocorrência de interações: facilitação ou competição. Com base no conceito mais amplo de facilitação, este tipo de interação positiva tem...

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Main Authors: Azevedo,Djane Ventura de, Zandavalli,Roberta Boscaini, Ferreira,Tiago Osório, Martins,Fernando Roberto, Araújo,Francisca Soares de
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2018
Subjects:
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spelling ftjscielo:oai:scielo:S1980-50982018000401514 2023-05-15T15:25:35+02:00 A COOCORRÊNCIA DE PLANTAS NA CAATINGA PODE SER EXPLICADA PELO PROCESSO DE FACILITAÇÃO? ESTUDO DE CASO COM DUAS ESPÉCIES DE FABACEAE Azevedo,Djane Ventura de Zandavalli,Roberta Boscaini Ferreira,Tiago Osório Martins,Fernando Roberto Araújo,Francisca Soares de 2018-12-01 text/html http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-50982018000401514 pt por Universidade Federal de Santa Maria 10.5902/1980509835098 info:eu-repo/semantics/openAccess Ciência Florestal v.28 n.4 2018 interações intraespecíficas interespecíficas desenvolvimento inicial de plantas info:eu-repo/semantics/article 2018 ftjscielo 2019-02-26T13:28:08Z RESUMO Diferenças heteroespecíficas nas taxas de crescimento em altura, na produção de biomassa e na área foliar entre espécies coocorrentes são formas de medir a ocorrência de interações: facilitação ou competição. Com base no conceito mais amplo de facilitação, este tipo de interação positiva tem sido relatado para explicar a coocorrência de espécies em ambientes com alta limitação de recurso, a exemplo de climas árticos e áridos. O objetivo deste estudo foi avaliar se a facilitação pode favorecer o desenvolvimento inicial das populações de Mimosa caesalpiniifolia e Bauhinia cheilantha, duas espécies típicas da região da Caatinga, em casa de vegetação. As plântulas de Mimosa caesalpiniifolia Benth e de Bauhinia cheilantha (Bongard) foram cultivadas em vasos por 120 dias, nas proporções de 4:1; 3:2; 2:3; 1:4; 5:0; 0:5. Também foram realizadas avaliações na estrutura e em alguns teores (nitrogênio e fósforo) de nutrientes no solo e na folha das plântulas. Os resultados de crescimento, alocação de biomassa e concentrações de nitrogênio e fósforo nas folhas de Mimosa caesalpiniifolia foram influenciados positivamente com o aumento da densidade de indivíduos de Bauhinia cheilantha (Bongard) Steudel. No entanto, esta última espécie teve a menor taxa de crescimento de competição intraespecífica. Se for adotado o conceito mais amplo de facilitação, pode-se afirmar que houve interações positivas. Por se tratar de duas espécies de Fabaceae que podem apresentar associações com fungos micorrízicos e com bactérias diazotróficas, o principal nutriente limitante para o bom desempenho na coocorrência destas duas populações deverá ser o fósforo, pois não houve diferenças na quantidade de nitrogênio disponível no solo entre o início e o final do experimento. Article in Journal/Newspaper árticos SciELO Brazil (Scientific Electronic Library Online) Alta
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