Resposta germinativa de duas espécies de Vellozia (Velloziaceae) dos campos rupestres de Minas Gerais, Brasil

Foi avaliado o comportamento germinativo das sementes de Vellozia leptopetala Goeth. et Henr., uma espécie de porte arbustivo que cresce sobre afloramentos rochosos e de V. epidendroides Mart. ex Schult. & Schult., uma herbácea que cresce em campos, na Serra do Cipó. As sementes foram submetidas...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Garcia,Queila de Souza, Jacobi,Claudia Maria, Ribeiro,Beatriz de Aquino
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Sociedade Botânica do Brasil 2007
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062007000200018
Description
Summary:Foi avaliado o comportamento germinativo das sementes de Vellozia leptopetala Goeth. et Henr., uma espécie de porte arbustivo que cresce sobre afloramentos rochosos e de V. epidendroides Mart. ex Schult. & Schult., uma herbácea que cresce em campos, na Serra do Cipó. As sementes foram submetidas às temperaturas de 15 a 40 ºC, sob luz ou escuro contínuos, com quatro repetições de 25 sementes por tratamento. Ambas as espécies apresentam sementes pequenas, com 1,31 ± 0,06 mm e 1,15 ± 0,01 mm para V. leptopetala e V. epidendroides, respectivamente. As sementes de V. leptopetala sob luz apresentaram germinabilidade alta (95 a 100%) e semelhante na faixa de 20 a 35 ºC e percentuais inferiores a 15 e 40 ºC (34 e 29%, respectivamente). Na condição de escuro a germinação só ocorreu nas temperaturas mais altas, alcançando 68% a 30 ºC e 3% a 40 ºC. Na presença de luz as sementes de V. epidendroides apresentaram altos percentuais de germinação na faixa de 30 a 40 ºC (91 a 84%), com diminuição gradativa da germinabilidade nas temperaturas mais baixas e inibição do processo a 15 ºC. No escuro ocorreu germinação na faixa de 20 a 40 ºC (3 a 88%), sendo significativamente superior a 35 e 40 ºC. A produção de sementes capazes de germinar em diferentes condições de temperatura e luminosidade pode ser de grande valor para a espécie, por permitir a colonização de maior diversidade de hábitats, como fendas de rochas sem luz, situação comum para V. leptopetala, ou com densa cobertura por herbáceas, para V. epidendroides.