A França Antártica, o corso, a conquista e a "peçonha luterana"

Em fins de 1555, alguns navios franceses sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon chegaram à Baía de Guanabara. Havia muito que embarcações francesas navegavam por estas bandas, realizando escambo com populações indígenas, embarcando grandes quantidades de pau-brasil. A expedição de Villegagno...

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Bibliographic Details
Main Author: Bicalho,Maria Fernanda B.
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho 2008
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742008000100004
Description
Summary:Em fins de 1555, alguns navios franceses sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon chegaram à Baía de Guanabara. Havia muito que embarcações francesas navegavam por estas bandas, realizando escambo com populações indígenas, embarcando grandes quantidades de pau-brasil. A expedição de Villegagnon e a criação da França Antártica, embora possuíssem objetivos muito mais complexos e duradouros, serão aqui analisadas com base na disputa luso-francesas pela riquezas, pelo comércio e pelo domínio ultramarino. Em outras palavras, esse artigo se propõe a discutir, a partir da experiência da França Antártica, as recorrentes ameaças representadas pelo corso francês, no Atlântico Sul. A abordagem da dinâmica do corso permite que se compreenda o movimento maior de disputa européia por mares e territórios coloniais. O sentimento de medo dele decorrente, ao influenciar a tessitura do colonialismo moderno, possibilita a interpretação das marcas e dos significados impressos no Rio de Janeiro e nos séculos XVI, XVII e XVIII.