Aspectos ecológicos da leishmaniose tegumentar americana: 8. avaliação da atividade enzoótica de Leishmania (Viannia) braziliensis, em ambiente florestal e peridomiciliar, região do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, Brasil

A evidência da transmissão extraflorestal da leishmaniose cutâneo-mucosa na região do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiológico prospectivo, visando avaliar a atividade enzoótica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisológica da infecção natural em pequenos mamíferos e população c...

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Bibliographic Details
Main Authors: Gomes,Almério de Castro, Coutinho,Sergio Gomes, Paim,Gil Vianna, Oliveira,Sandra Maria Otatti de, Galati,Eunice Aparecida Bianchi, Nunes,Marise Pinheiro, Capinzaiki,Antonio Norberto, Yamamoto,Yoshimi Imoto, Rotter,Paul
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Instituto de Medicina Tropical 1990
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651990000200008
Description
Summary:A evidência da transmissão extraflorestal da leishmaniose cutâneo-mucosa na região do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiológico prospectivo, visando avaliar a atividade enzoótica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisológica da infecção natural em pequenos mamíferos e população canina foi complementada com o teste de imunofluorescência indireta (IFI) para cães e captura de flebotomíneos em ambiente florestal e peridomiciliar. A positividade para o teste sorológico e exame parasitológico somente foi observada para cães residentes e com taxas de 5,6 e 2,4%, respectivamente. Entre animais silvestres e sinantrópicos capturados, destacam-se os pertencentes a Oryzomys (Oligoryzomys) e Rattus rattus, ambos assinalados em proporções equivalentes (29,3%), em ambiente peridomiciliar. Foram capturados apenas 166 exemplares femininos de Lutzomyia intermedia, fato atribuído à borrifação das habitações humanas e anexos com DDT. No contexto epidemiológico mais amplo, discute-se a fragilidade do ciclo extraflorestal da L. (V.) braziliensis; o papel do cão e de pequenos mamíferos, como fonte de infecção domiciliar, além de analisar o potencial deles na dispersão do parasita na área estudada.