Pesquisa de rodenticidas em corujas-das-torres (tyto alba)

Orientação : Álvaro Lopes co-orientação : Ricardo Brandão O uso de pesticidas tornou-se uma opção dominante em todo o mundo para controlar infestações de roedores. Os rodenticidas podem envenenar espécies não-alvo seja diretamente- envenenamento primário- ou indiretamente- envenenamento secundário....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marques, Joana Andreia Silva
Other Authors: Lopes, Álvaro, orient.
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/8096
Description
Summary:Orientação : Álvaro Lopes co-orientação : Ricardo Brandão O uso de pesticidas tornou-se uma opção dominante em todo o mundo para controlar infestações de roedores. Os rodenticidas podem envenenar espécies não-alvo seja diretamente- envenenamento primário- ou indiretamente- envenenamento secundário. Os rodenticidas têm a capacidade de inibir as redutases, principalmente a epóxido redutase, prevenindo a regeneração da vitamina K (que intervém na cascata de coagulação), funcionando como antagonistas da mesma, levando a que os fatores II, VII, IX e X da cascata de coagulação não sejam produzidos pois são dependentes desta, provocando hemorragias aos animais. De outubro de 2015 a março de 2016 foram recolhidos 29 fígados (21 de Coruja-das-Torres (Tyto alba), 4 de Pato-Real (Anas platyrrynchos), 3 de Gaivota-de-Asa-Escura (Larus fuscus) e 1 de Guincho-Comum (Larus ridibundus)) e analisados para pesquisa da presença ou não de resíduos de rodenticidas. Das 21 corujas analisadas, em apenas 6 (28,57%) não foi detetado qualquer vestígio dos químicos. A taxa de resultados positivos foi de 71,43% (n=15) para a Coruja-das-Torres e de 100% (n=8) para as outras aves. O uso de medidas de controlo destas substâncias é de extrema importância para evitar o aparecimento de resistências por parte dos animais que as consomem. The use of pesticides has become a recurrent option all around the world to control rodent outbreaks. Rodenticides may poison non-target species directly – primary poisoning – or indirectly – secondary poisoning. Rodenticides have the capacity to inhibit the reductases, mostly the epoxide reductase, preventing the vitamin K regeneration (which intervenes in the coagulation cascade). By operating as its antagonist, the rodenticides lead to factors II, VII, IX and X of the coagulation cascade not being produced because they are dependent on the previously mentioned vitamin, causing hemorrhages in the animals. From October 2015 to March 2016 29 livers were collected: 21 from Barn Owl (Tyto alba), 4 from Mallard (Anas platyrrynchos), 3 from Lesser Black-backed Gull (Larus fuscus) and 1 from Black-headed Gull (Larus ridibundus) and all were tested for the presence of second generation rodenticides (Bromadiolone, Difenacoum and Brodifenacoum). The rate of positives results was 71,43% (n=15) for the Barn Owl and 100% (n=8) for the other species. The use of control measures of these rodenticide substances is extremely important as to avoid the emergence of resistances by the animals which consume them.