Efeito do parasita dinoflagelado Amyloodinium ocellatum em ostras Crassostrea gigas em cultivos multitróficos

Orientação: Ana Maria Duque de Araújo Munhoz Florbela Maria Benjamin Soares Cátia Andreia Lourenço Marques A aquacultura é hoje uma atividade muito praticada e com previsões de expansão, de modo a acompanhar o crescimento da população humana e a consequente necessidade de produção de alimentos. Uma...

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Bibliographic Details
Main Author: Coutinho, João Cortes Raposo
Other Authors: Munhoz, Ana, orient., Soares, Florbela Maria Benjamim, orient., Marques, Cátia Andreia Lourenço, orient.
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/12116
Description
Summary:Orientação: Ana Maria Duque de Araújo Munhoz Florbela Maria Benjamin Soares Cátia Andreia Lourenço Marques A aquacultura é hoje uma atividade muito praticada e com previsões de expansão, de modo a acompanhar o crescimento da população humana e a consequente necessidade de produção de alimentos. Uma das grandes ameaças, capaz de causar perdas enormes em explorações, particularmente, em produções semi-intensivas e intensivas de peixes marinhos e que exige medidas atempadas, é a ocorrência de parasitas, tais como o dinoflagelado Amyloodinium ocellatum, em peixes. Sendo a ostra um organismo filtrador, muitas vezes co-produzida com os peixes, em cultivos multitróficos, surge o interesse de verificar o efeito deste organismo, nomeadamente da espécie Crassostrea gigas, comum na costa portuguesa. Neste trabalho, as ostras foram expostas ao parasita A. ocellatum e os efeitos desta exposição foram observados através da utilização de 2 metodologias (histologia e biologia molecular) e ainda identificado por sedimentação de fezes. As hipóteses colocadas antes da realização deste estudo foram (1) as ostras (C. gigas) poderem funcionar como elemento mitigador da infeção com A. ocellatum, funcionando como possível alternativa para combater a amiloodiniose e (2) as ostras funcionarem como vetor disseminador da infeção provocada pelo parasita A. ocellatum. Este trabalho consistiu na (1) realização de um ensaio experimental com vista à determinação dos efeitos da incidência parasitária de A. ocellatum na ostra, e (2) impacto da presença de ostras na capacidade infetante do parasita. Segundo os exames de sedimento de fezes, análises histológicas e de biologia molecular, o parasita aparenta ter provocado lesões nas branquias e trato digestivo da ostra, embora sem que cause, obrigatoriamente a sua morte. Posteriormente, é libertado nas fezes, revelando capacidade locomotiva, o que nos levou a acreditar que preservou o sentido de busca por um hospedeiro, utilizando a ostra como reservatório e vetor em caso de transporte de ...