Indicadores de efetividade da vigilância epidemiológica para paralisias flácidas agudas no Brasil de 1990 a 2000

OBJETIVOS: Descrever e comparar os indicadores de qualidade de vigilância epidemiológica para paralisias flácidas agudas nos períodos pré (1990 a 1994) e pós-certificação (1995 a 2000) do Brasil como zona livre da poliomielite. MÉTODOS: Foram consideradas as seguintes variáveis: prevalência mínima (...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Eduardo Souza Teixeira-Rocha, José Tavares-Neto
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2003
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892003001000007
https://doaj.org/article/fe7a61969d004fc0b4af8c18a83c50a2
Description
Summary:OBJETIVOS: Descrever e comparar os indicadores de qualidade de vigilância epidemiológica para paralisias flácidas agudas nos períodos pré (1990 a 1994) e pós-certificação (1995 a 2000) do Brasil como zona livre da poliomielite. MÉTODOS: Foram consideradas as seguintes variáveis: prevalência mínima (notificação > ou = 1 caso em 100 000 indivíduos com menos de 15 anos de idade), notificação negativa (ausência de casos informada semanalmente por no mínimo 80% das unidades notificadoras em cada região), tempo de investigação do caso (investigação de 80% ou mais dos casos notificados de paralisias flácidas agudas até 48 horas depois da notificação) e investigação diagnóstica (coleta de duas amostras de fezes para cultura viral nas 2 semanas seguintes ao início da deficiência motora em 80% ou mais dos casos de paralisias flácidas agudas). Os resultados foram classificados como adequados se fossem iguais ou superiores ao valor considerado como efetivo, ou como inadequados se estivessem abaixo desse valor. Foi calculada a razão percentual de valores adequados alcançados em cada unidade federada em cada ano, para cada pesríodo do estudo. Também foram apresentadas as médias finais por período, unidade e região. RESULTADOS: Considerando os resultados para o Brasil como um todo, o indicador de prevalência mínima apresentou redução de 1,3 para 0,9 por 100 000 menores de 15 anos no período pós-certificação, mas a diferença não foi significativa (P > 0,08). A notificação negativa manteve valores médios adequados nos dois períodos (87 e 84%), mas a razão percentual de efetividade foi 6,6% menor no período pós-certificação (P > 0,21). O tempo de investigação de casos de paralisia flácida aguda melhorou sua efetividade em 10,9% (P > 0,06) no período pós-certificação. A coleta de fezes permaneceu inadequada nos dois períodos (54 e 52%). CONCLUSÕES: Apesar da ausência de casos autóctones de poliomielite por vírus selvagem no Brasil no período pós-certificação, são ainda desfavoráveis os indicadores de qualidade da ...