Peptídeo C e mortalidade cardiovascular: revisão sistemática e metanálise

Objetivo. Analisar as evidências de associação entre peptídeo C e mortalidade cardiovascular e geral disponíveis na literatura. Métodos. Foi realizada uma revisão sistemática das bases de dados MEDLINE e EMBASE. Foram incluídos artigos publicados em inglês, português ou espanhol relatando estudos ob...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Romildo Luiz Monteiro Andrade, Gabriela Callo, Bernardo Lessa Horta
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2009
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.26633/RPSP.2019.23
https://doaj.org/article/f674086728c246368fce292d43eb2337
Description
Summary:Objetivo. Analisar as evidências de associação entre peptídeo C e mortalidade cardiovascular e geral disponíveis na literatura. Métodos. Foi realizada uma revisão sistemática das bases de dados MEDLINE e EMBASE. Foram incluídos artigos publicados em inglês, português ou espanhol relatando estudos observacionais que investigaram a associação entre o peptídeo C e a mortalidade cardiovascular e geral. Buscou-se ainda avaliar a associação entre peptídeo C e fatores de risco cardiometabólicos, fatores hemodinâmicos e medidas antropométricas. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada de acordo com os critérios da escala Newcastle-Ottawa. Resultados. Foram identificados 107 estudos relacionados ao tema. Ao final do processo de triagem, foram incluídos 18 artigos que apresentavam dados sobre a associação entre peptídeo C e risco cardiovascular. Cinco estudos forneceram dados sobre a relação entre peptídeo C e mortalidade cardiovascular e geral. O peptídeo C esteve associado positivamente ao IMC em chineses, e inversamente ao HDL colesterol em amostras populacionais na Ásia, Oriente Médio e Estados Unidos. Todavia, não foi possível realizar metanálise para os componentes de risco cardiovascular. Por outro lado, o peptídeo C esteve associado com a mortalidade cardiovascular (RR = 1,62; IC95%: 0,99 a 2,66) e geral (RR = 1,39; IC95%: 1,04 a 1,84). Conclusão. Na revisão sistemática e metanálise realizadas, os níveis séricos de peptídeo C estiveram associados positivamente com a mortalidade geral em todos os indivíduos e com a mortalidade cardiovascular em pessoas sem comorbidades. Com base nesses resultados, é possível recomendar o emprego do peptídeo C na prática clínica como proxy da condição de resistência à insulina associada a mortalidade cardiovascular.