Aspectos epidemiológicos da infecção por Haemophilus influenzae tipo b

O objetivo do presente trabalho foi revisar o papel do Haemophilus influenzae tipo b (Hib) como um dos patógenos mais importantes implicados em doenças infecciosas invasivas, especialmente nos 2 primeiros anos de vida. Nos países em desenvolvimento, o H. Influenzae chega a causar 30% dos casos de pn...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Maria Angela Loguercio Bouskela, Sandra Grisi, Ana Maria de Ulhôa Escobar
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2000
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892000000500007
https://doaj.org/article/ee7fe9e854ab4524839585f5e3f4970f
Description
Summary:O objetivo do presente trabalho foi revisar o papel do Haemophilus influenzae tipo b (Hib) como um dos patógenos mais importantes implicados em doenças infecciosas invasivas, especialmente nos 2 primeiros anos de vida. Nos países em desenvolvimento, o H. Influenzae chega a causar 30% dos casos de pneumonia com cultura positiva e de 20 a 60% dos casos de meningite bacteriana. No presente estudo, dados epidemiológicos do Brasil foram comparados com dados internacionais obtidos em bancos de dados (Medline, 1966 a 1995; LILACS, 1982 a 1995; Thesis databank, 1980 a 1995; e Dissertation abstracts, 1988 a 1994). Analisámos o coeficiente de incidência do Hib no Brasil por estado e por faixa etária, com estratificação inclusive para o 1° ano de vida. A meningite foi utilizada como marcador do coeficiente de incidência devido às dificuldades para obter material adequado para a identificação do microrganismo nos outros quadros, como pneumonia, osteomielite, epiglotite ou endocardite. Nossa análise revelou que os dados nacionais mascaram a incidência e a letalidade regionais do H. influenzae: por exemplo, em 1991, a incidência no Brasil foi de 18,4 em 100 000 crianças menores de 1 ano; no mesmo período, a incidência no Distrito Federal foi de 175 em 100 000 crianças entre 4 e 6 meses. Além disso, a letalidade na região Norte foi de 35% em 1987, contra 22% para o Brasil como um todo. Nosso estudo abre a discussão sobre aspectos epidemiológicos relevantes das infecções por Hib e sobre o custo-benefício da profilaxia e vacinação nas faixas etárias de maior risco.