Distribuição de recursos de saúde no Estado de Santa Catarina, Brasil: um subsídio para discussões sobre o financiamento em saúde

Objetivo. Identificar a situação de saúde nos municípios de Santa Catarina no ano de 1996 e relacioná-la com gastos efetuados pela esfera federal em saúde em 1997. Métodos. Foram analisadas, mediante regressão múltipla, a associação entre os recursos federais para atenção à saúde e a mortalidade pro...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Sérgio Fernando Torres de Freitas, Emil Kupek, Mayra Chiaradia Perraro
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2001
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892001000800004
https://doaj.org/article/ea44442c6afd49de80b4cdaf868c4229
Description
Summary:Objetivo. Identificar a situação de saúde nos municípios de Santa Catarina no ano de 1996 e relacioná-la com gastos efetuados pela esfera federal em saúde em 1997. Métodos. Foram analisadas, mediante regressão múltipla, a associação entre os recursos federais para atenção à saúde e a mortalidade proporcional, a oferta de serviços de saúde pela rede ambulatorial e hospitalar existente e o tamanho do município; e a associação entre a mortalidade por grandes grupos de causas e a estrutura socioeconômica, a oferta de serviços de saúde pela rede ambulatorial e hospitalar existente e o tamanho de município. Resultados. A análise de regressão múltipla mostrou associação entre a mortalidade proporcional por: 1) doenças infecto-contagiosas e a mortalidade infantil, o número de profissionais de saúde não-médicos por 10 000 habitantes e o número de médicos por 10 000 habitantes (associação negativa); 2) doenças crônico-degenerativas e a porcentagem de habitantes com 60 anos ou mais, a mortalidade infantil (associação negativa) e o número de profissionais de saúde não-médicos por 10 000 habitantes (associação negativa); e 3) causas externas e o número de habitantes do município, o número de hospitais por 10 000 habitantes (associação negativa) e a porcentagem de menores de 1 ano. Os gastos financeiros por habitante em 1997 foram associados principalmente com tamanho do município, número de ambulatórios por 10 000 habitantes, índice de mortalidade de Swaroop e Uemura e mortes por doenças crônico-degenerativas no ano de 1996. Conclusões. Os municípios com melhor perfil de morbimortalidade e estrutura de serviços de saúde receberam mais recursos financeiros federais para saúde. É importante pensar estratégias especiais para garantir aporte adicional de recursos aos municípios com piores indicadores de saúde, para que se consiga reverter esta situação.