Esquistossomose mansônica: a propósito da alta predominância das formas intestinais em uma localidade do Estado de Pernambuco

Considerando que a Esquistossomose Mansônica é geralmente considerada doença de mau prognóstico, os Autores lembram que esta noção é fruto do contacto exclusivo, por parte dos médicos, com casos avançados e graves, praticamente os únicos que vêm ter aos hospitais das grandes cidades. Ressaltando que...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Main Authors: Ruy João Marques, Dirceu Pessoa Costa, Mauro W. Siqueira, Geraldo José M. Pereira
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1974
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0037-86821974000500004
https://doaj.org/article/df0166152113439882c6000a4929c5e4
Description
Summary:Considerando que a Esquistossomose Mansônica é geralmente considerada doença de mau prognóstico, os Autores lembram que esta noção é fruto do contacto exclusivo, por parte dos médicos, com casos avançados e graves, praticamente os únicos que vêm ter aos hospitais das grandes cidades. Ressaltando que estágios ou pesquisas em zonas endêmicas dão, aos interessados pelo assunto, uma visão mais exata da morbidade da parasitose, eles reproduzem seus achados em 220 esquistossomóticos de uma localidade (Tiúma) do Município de São Lourenço da Mata, Pernambuco: 90% de formas intestinais (muitas vezes assintomáticas), 7,7% de formas hépato-intestinais e 2,3% de formas hépato-espleno-intestinais. Nenhuma forma descompensada com hematêmese, ascite ou coma hepático foi assinalada. Aproveitando a circunstância, foram recordadas as possíveis causas determinantes das formas clínicas e da evolução da Esquistossomose Mansônica, acreditando os Autores serem duas as de maior importância : a carga parasitária e as reações imunológicas.